Reabilitação pós-AVC: como a reabilitação ajuda pacientes a reconquistar autonomia
Com apoio da neurociência e da escuta humanizada, pacientes redescobrem sua autonomia funcional
ALESSANDRA SIEGEL
09/06/2025 11h57 - Atualizado há 6 horas
Divulgação
A reabilitação de pacientes após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) exige mais do que protocolos clínicos — requer tempo, precisão e sensibilidade. É o que aponta o Dr. Luca Adan, fisiatra da YUNA, instituição especializada em reabilitação e transição de cuidados, que recebe pacientes em estágios subagudos e subcrônicos do AVC, muitas vezes ainda dependentes de sondas, traqueostomias ou com feridas associadas à imobilização hospitalar prolongada. Um dos pilares do processo de reabilitação na YUNA é a mobilização precoce. Estudos clínicos reforçam a importância dessa abordagem, como uma metanálise publicada no Journal of Stroke and Cerebrovascular Diseases (2021), que apontou que a mobilização precoce está associada à redução de complicações como trombose venosa profunda, pneumonia e perda de massa muscular, além de contribuir para melhores desfechos funcionais no longo prazo. “Grande parte dos pacientes pós-AVC chega com perda significativa da autonomia. A primeira meta é tirar o corpo da imobilidade. Isso começa com atividades como tomar banho no chuveiro, manter-se sentado com estabilidade (sedestação), treinos em pé com apoio (ortostatismo), entre outras”, explica o Dr. Luca. “Cada gesto de sair da cama é um gesto de vida.” Neuroplasticidade: ciência por trás da recuperação funcional O cérebro lesionado pelo AVC tem a capacidade de se reorganizar, graças a um conceito conhecido como neuroplasticidade. Segundo a American Heart Association (AHA), a reabilitação intensiva nas primeiras semanas após o evento vascular é crucial para estimular essas novas conexões neuronais. “A neuroplasticidade refere-se à capacidade do cérebro de se modificar e reorganizar em resposta a experiências, aprendizagem e lesões. Aproveitamos essa janela para aplicar estímulos neuromusculares específicos, como fortalecimento, controle postural, transferências e, quando necessário, recursos complementares como a eletroestimulação funcional ou o cicloergômetro”, explica o fisiatra. Esses estímulos aceleram a reconexão entre mente e corpo, respeitando sempre o tempo individual de cada paciente. Mais do que devolver o movimento, a reabilitação busca resgatar a dignidade do paciente. Isso passa por treinos voltados às atividades da vida diária (AVD), como escovar os dentes, vestir-se ou alimentar-se com independência. “São gestos simples, mas que representam um reencontro com a própria identidade”, afirma o Dr. Luca. “Quando o paciente consegue realizar uma tarefa sozinho, ele se reconhece novamente no espelho da autonomia”, completa. Uma equipe multidisciplinar para cuidar além do corpo Na YUNA, a reabilitação é conduzida por uma equipe multidisciplinar composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, médicos fisiatras, fonoaudiólogos, psicólogos, nutricionistas e enfermeiros. A atuação conjunta é respaldada por evidências: uma pesquisa publicada no Archives of Physical Medicine and Rehabilitation (2020) demonstrou que abordagens integradas reduzem o tempo de internação e melhoram os índices de recuperação funcional em pacientes com AVC. As reuniões clínicas semanais permitem o acompanhamento contínuo e a adaptação dos planos terapêuticos conforme a resposta de cada paciente. “Mais do que seguir um protocolo rígido, buscamos ajustar o cuidado com precisão e empatia”, diz o fisiatra. Quando é hora de voltar para casa? A alta hospitalar é cuidadosamente planejada. O tempo de internação varia de acordo com o grau de comprometimento neurológico, complicações associadas e progressão clínica. Na YUNA, essa transição envolve a avaliação conjunta da equipe, adaptação do domicílio, orientações aos familiares e, quando necessário, a continuidade do tratamento em regime ambulatorial ou home care. A família como aliada na continuidade do cuidado A reabilitação pós-AVC não termina na clínica. “Para que a recuperação seja sustentável, é essencial que a família esteja engajada desde o início”, reforça o Dr. Luca. A equipe da YUNA realiza encontros regulares com os cuidadores para alinhar expectativas, fornecer instruções técnicas e promover o suporte emocional necessário. Segundo o Instituto Nacional de Doenças Neurológicas e AVC dos Estados Unidos (NINDS), o suporte familiar estruturado pode dobrar as chances de reintegração funcional de um paciente após um AVC. “Cada paciente tem um tempo e uma história. Na reabilitação, acolher esses fatores é tão importante quanto prescrever exercícios. O cuidado começa no corpo, mas se realiza plenamente no vínculo e na escuta”, conclui o especialista. Sobre a YUNA A YUNA, especializada em transição de cuidados, oferece suporte completo para pacientes de reabilitação, cuidados paliativos e continuados, atendimento individualizado e assistência multidisciplinar. Mais informações no telefone (11) 3087-3800 ou no site https://yuna.com.br/. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ALESSANDRA LANCHOTI SIEGEL
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