Não caia nessa cilada no supermercado: “Zero açúcar” não é o que parece
Nutricionista explica a diferença entre “zero açúcar” e “sem adição de açúcar” — e por que isso pode afetar a saúde (e a dieta)
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05/06/2025 16h06 - Atualizado há 16 horas
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É comum que consumidores escolham produtos com o rótulo “zero açúcar” acreditando estar fazendo a melhor opção para a saúde. No entanto, muitos acabam se surpreendendo ao descobrir que esses itens contêm diversos adoçantes e aditivos. A confusão entre os termos “zero açúcar” e “sem adição de açúcar” é mais frequente do que se imagina e pode comprometer até mesmo os esforços de quem busca manter uma alimentação equilibrada. Segundo Cintya Bassi, coordenadora de nutrição e dietética do São Cristóvão Saúde, entender essa diferença é fundamental. “Produtos ‘zero açúcar’ são aqueles que não têm açúcar ou contêm menos de 0,5g por porção. Já os produtos ‘sem adição de açúcar’ não recebem açúcar durante o preparo, mas ainda podem conter o açúcar natural do alimento, como no caso de um suco 100% fruta”, explica. Muita gente associa imediatamente o rótulo “zero açúcar” a algo mais saudável — o que nem sempre é verdade. “Alimentos processados como bolos, biscoitos e doces podem ser zero açúcar, mas ainda assim conter corantes, adoçantes artificiais e outros aditivos que não são bons para o organismo”, alerta a nutricionista. Em contrapartida, um suco integral sem adição de açúcar pode ser mais nutritivo, mesmo tendo açúcares naturais. Açúcar: eliminar ou equilibrar? Com tantas campanhas contra o açúcar, é natural pensar que o ideal seria riscar esse ingrediente da alimentação, mas Cintya pondera: “O equilíbrio é a chave. O açúcar adicionado não traz nenhum benefício, então quanto menos, melhor. Mas cortar totalmente pode ser difícil e até afetar a vida social e o prazer de comer”. Para substituir o açúcar, a indústria aposta principalmente em adoçantes artificiais como sucralose, aspartame, ciclamato e sacarina — seguros, segundo os órgãos reguladores, mas alvo de críticas por possíveis impactos na microbiota intestinal. Já os adoçantes naturais, como stevia, xilitol e eritritol, são mais bem-vistos pelos especialistas, mas têm custo mais elevado. Embora cortar o açúcar adicionado não cause deficiências nutricionais, a substituição por produtos industrializados “fit” pode criar outras armadilhas. “Esses produtos podem conter muita gordura, sódio e aditivos. Além disso, o rótulo ‘zero açúcar’ pode levar ao consumo exagerado por dar a falsa sensação de algo leve”, diz Cintya. A melhor estratégia, segundo a especialista, é apostar no básico: uma alimentação rica em alimentos naturais e minimamente processados. “Frutas, verduras, legumes, proteínas magras e cereais integrais devem compor a base da dieta. Quanto menos industrializados no carrinho, melhor”, afirma. Quem deve redobrar o cuidado? Pessoas com diabetes ou que seguem dietas de controle de peso devem ficar ainda mais atentas aos rótulos. Mas todos podem se beneficiar ao entender o que, de fato, estão consumindo. “A leitura atenta dos ingredientes é essencial para não cair nas pegadinhas”, finaliza Cintya. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CAMILA NESTOR PAL
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