Com a chegada do frio, especialista alerta para aumento das doenças respiratórias e alérgicas

Alergista e imunologista, Dra. Thais Ferreira, esclarece os impactos do inverno na saúde respiratória e destaca os cuidados com grupos de risco

AS
05/06/2025 07h51 - Atualizado há 1 dia

Com a chegada do frio, especialista alerta para aumento das doenças respiratórias e alérgicas
Comunicação Dra. Thais Ferreira
Com a queda das temperaturas no outono e inverno, é comum também o aumento nos casos de doenças respiratórias e alergias. Segundo a alergista e imunologista Dra. Thais Ferreira, isso acontece por uma combinação de fatores ambientais — como o ar mais frio e seco — e comportamentais, como a permanência em ambientes fechados e mal ventilados. “O ar frio e seco é um irritante natural para as vias aéreas, desde o nariz até os pulmões. Ele inflama e resseca as mucosas, o que facilita a entrada de vírus e bactérias. Por isso, aumentam os casos de gripes, resfriados, sinusites e pneumonias”, explica a especialista. Além disso, ela destaca que o hábito de manter os ambientes fechados durante os dias frios favorece a proliferação de vírus e bactérias.
Já a crença de que o frio enfraquece diretamente o sistema imunológico é um mito, segundo Dra. Thais. “O que acontece é que o ar frio resseca as mucosas e aumenta a inflamação local. Além disso, no inverno, as pessoas costumam reduzir a ingestão de água, fazer menos exercício físico e tomar menos sol — o que afeta a produção de vitamina D. Esse conjunto de fatores, sim, pode comprometer a imunidade”, esclarece ela.
Outro ponto ressaltado pela profissional é o de que pessoas com alergias respiratórias, como rinite e asma, fazem parte sim do grupo de risco para infecções respiratórias durante o inverno. “Essas pessoas têm uma membrana mucosa cronicamente inflamada, tanto no nariz quanto nos pulmões. Isso as torna muito mais suscetíveis à ação de vírus e bactérias”, explica a médica.

Segundo Dra. Thais, pessoas com doenças alérgicas ou imunossuprimidas ainda devem ter atenção redobrada à vacinação — não para evitar, mas para adaptar a aplicação de acordo com suas condições clínicas. “Pacientes com asma, por exemplo, têm indicação da vacina contra pneumonia, além das vacinas do calendário básico. E mesmo em casos de alergias alimentares, como à proteína do ovo, a recomendação mudou. Hoje, pessoas alérgicas ao ovo podem, sim, receber vacinas que contêm traços da proteína — como a da febre amarela — desde que em ambiente controlado, com presença médica e observação adequada”, ela esclarece e reforça que  nenhuma vacina deve ser evitada sem uma análise cuidadosa com o especialista. “Vacinação é pacto coletivo”, afirma.
Um dos questionamentos mais comuns nesta época do ano é como saber se é rinite ou uma gripe. “Essa é uma dúvida recorrente, até entre profissionais. A principal diferença é a febre. A rinite não provoca febre. Já gripes e resfriados, sim — e podem vir acompanhados de dores no corpo, cansaço, inapetência e tosse”, explica Dra. Thais.
Para concluir, a especialista enfatiza dicas para cuidados no tempo frio: “a vacina contra a gripe é essencial. E não só ela — todas as vacinas do calendário devem estar atualizadas; uma alimentação equilibrada, prática regular de atividade física, ingestão adequada de água e evitar o cigarro; manter ambientes abertos, mesmo com o frio, permitindo a circulação de ar em casa, no trabalho e nas escolas; e o controle das doenças de base como rinite, asma ou outras condições crônicas, como diabetes, precisam estar com o tratamento em dia”, finaliza.

 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
AMANDA MARIA SILVEIRA
[email protected]


Notícias Relacionadas »