Saúde da mulher: Especialistas trazem diferentes olhares sobre as versões de cuidado para uma mulher

LUIZA FIDELIS
27/05/2025 09h37 - Atualizado há 1 dia

Saúde da mulher: Especialistas trazem diferentes olhares sobre as versões de cuidado para uma mulher
Divulgação

O Índice Global de Saúde da Mulher 2024, realizado em mais de 122 países, apontou que cerca de 1,5 bilhão de mulheres com mais de 15 anos não consultaram médicos nem realizaram exames preventivos nos últimos anos. Segundo o levantamento, o Brasil ocupa a 104ª posição no ranking global e ainda enfrenta importantes desafios para garantir acesso à saúde e a longevidade de um grupo que representa 51% da população, de acordo com o IBGE.

Em complemento, Segundo o Ministério da Saúde, 77,4% dos óbitos de mulheres são evitáveis, quando os cuidados preventivos são adotados. Esse quadro que prejudica a saúde feminina se deve, principalmente, à dupla jornada que une atenção ao trabalho e à família, o que leva a não realização de exames periódicos.

De fato, a saúde da mulher exige atenção integral e personalizada, contemplando diferentes fases da vida e aspectos físicos, emocionais e hormonais. Para garantir um cuidado completo, diversas especialidades médicas atuam com foco específico nas necessidades femininas, promovendo prevenção, diagnóstico precoce e tratamento eficaz.

Cardiologia 

Segundo levantamento do Observatório da Saúde Cardiovascular do Instituto Nacional de Cardiologia (INC), divulgado no Dia Internacional da Mulher, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte entre as mulheres no Brasil. Em 2023, 182.066 mulheres morreram devido a problemas cardiovasculares, como infarto e hipertensão, representando 47,2% do total de 386.061 mortes por essas doenças no país. “As mudanças hormonais ao longo da vida da mulher, especialmente na menopausa, aumentam o risco de doenças cardiovasculares. Um cuidado cardiológico específico e multidisciplinar é essencial para prevenir complicações graves e reduzir a mortalidade entre mulheres”, afirma Obdulia Linares, cardiologista do dr.consulta.

Endocrinologia

De acordo com dados de 2023 da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), o hipotireoidismo, ocorre em cerca de 2% a 15% da população, mais predominantemente no sexo feminino atingindo cerca de 15 % das mulheres na pós-menopausa. Além disso, aproximadamente 60% das pessoas com distúrbios da tireoide não sabem que têm o problema, segundo o instituto YouGov.  "Quando o hipotireoidismo é identificado e tratado corretamente, o paciente pode recuperar sua qualidade de vida. O tratamento ajuda a regular o sono, controlar a temperatura do corpo, melhorar o funcionamento do intestino e aumentar a disposição no dia a dia, promovendo mais bem-estar e equilíbrio”, afirma Barbara Dutra, endocrinologista do dr.consulta. 

Psicologia 

Segundo o Ministério da Previdência Social, o Brasil registrou em 2024, o maior número de afastamentos por transtornos mentais dos últimos dez anos. Foram 472 mil licenças concedidas, um aumento de 68% em relação a 2023 — entre as pessoas impactadas, mulheres representaram 64% dos casos. “O processo psicoterápico visa promover a conexão da mulher com a complexidade e beleza de sua essência, abrangendo os aspectos biopsicossociais (ciclo reprodutivo, flutuação hormonal, sexualidade, relações sociais). É fundamental compreender que corpo e mente estão interligados na construção de qualidade de vida”, pontua Zélia Cândida Santana, psicóloga do dr.consulta. 

Ginecologia 

Segundo dados de 2024 do Instituto Nacional de Câncer (INCA), aproximadamente 30 mil mulheres brasileiras recebem anualmente diagnósticos de câncer ginecológico, sendo mais de 16 mil casos apenas de câncer de colo uterino. Os tipos de câncer mais comuns entre as mulheres são: mama (30,1%), cólon e reto (9,7%), colo do útero (7,0%), pulmão (6,0%) e glândula tireoide (5,8%). “A maioria das mulheres visita pelo menos uma vez na vida o ginecologista , seja por razões obstétricas ou de doenças como câncer. Então o médico ginecologista deveria ser apto a orientar , identificar ou pelo menos encaminhar essas mulheres para os outros especialistas”, afirma Karen Rocha, ginecologista do dr.consulta. 


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