São Paulo investe R$ 6 bilhões em Ecoparques para modernizar gestão de resíduos

Prefeitura anuncia uso de tecnologias como tratamento térmico e biometano; novas unidades poderão gerar energia e ampliar vida útil do aterro CTL até 2050

Redação - Itaquera em Notícias
14/05/2025 09h24 - Atualizado há 6 horas

São Paulo investe R$ 6 bilhões em Ecoparques para modernizar gestão de resíduos
Divulgação / Prefeitura de São Paulo

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (13) a implantação de tecnologias inovadoras para o tratamento e reaproveitamento do lixo na capital. O anúncio foi feito pelo prefeito Ricardo Nunes durante visita ao aterro sanitário CTL, em São Mateus, onde será construído um dos quatro Ecoparques previstos. Os novos espaços irão reunir diversas soluções em um único local, como coleta seletiva ampliada, tratamento térmico e uso do gás biometano.

Com investimento estimado em R$ 6 bilhões, os Ecoparques fazem parte das novas obrigações contratuais das concessionárias de limpeza urbana, cujos contratos foram renovados em 2023. Cada unidade terá capacidade para tratar até mil toneladas de resíduos por dia. Entre as tecnologias previstas está a instalação de Unidades de Recuperação Energética (UREs), que transformarão resíduos em energia elétrica por meio de tratamento térmico.

O aterro CTL, operado pela Ecourbis Ambiental, atualmente recebe cerca de 7 mil toneladas de resíduos por dia, o que representa mais da metade do lixo domiciliar gerado na cidade. A concessionária também irá construir duas plantas de tratamento térmico nas zonas Sul e Leste. Segundo o presidente da empresa, Ervino Nitz Filho, a energia gerada por um Ecoparque poderá abastecer até 25% da iluminação pública da capital.

Além da gestão de resíduos, os contratos preveem a substituição da frota de caminhões movidos a diesel por veículos sustentáveis, como os abastecidos com biometano, Gás Natural Veicular (GNV) e eletricidade. A Ecourbis já opera com mais de 30 caminhões movidos a biometano e prevê a entrega de mais 100 veículos até outubro deste ano.

Com o objetivo de estender a vida útil do aterro CTL até 2050, a Prefeitura também iniciou o processo de licenciamento para ampliação da área de destinação e adoção das novas tecnologias. Para o diretor-presidente da SP Regula, João Manoel da Costa Neto, as ações colocam São Paulo entre as cidades mais avançadas do mundo no tratamento de resíduos sólidos.


FONTE: Prefeitura de São Paulo
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