A rede municipal de saúde da capital paulista, mantida pelo Sistema Único de Saúde (SUS), foi eleita pelo quinto ano consecutivo o melhor serviço público da cidade, segundo pesquisa “O Melhor de São Paulo”, realizada pelo Instituto Datafolha e divulgada na segunda-feira (28) pelo jornal Folha de S.Paulo. Composta por mais de 1.000 equipamentos e 120 mil profissionais, a rede conta com um orçamento de R$ 22 bilhões em 2024. “O reconhecimento da população é fruto do trabalho de uma rede muito robusta”, afirmou o secretário municipal da Saúde, Luiz Carlos Zamarco.
Nos últimos quatro anos, a cidade registrou avanços expressivos na estrutura de atendimento, com a entrega de 21 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) — totalizando 34 — e previsão de mais seis até o fim de 2025. Em 2024, foram inaugurados 44 novos equipamentos, incluindo Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que passaram de 456 para 479, além de serviços inéditos, como o Centro de Exames da Mulher e novos Centros de Referência da Dor.
A modernização da rede também inclui a segunda fase do programa Avança Saúde, que prevê a reestruturação de 13 hospitais municipais. Um quinto hospital veterinário está em construção na zona leste, consolidando São Paulo como a única capital brasileira com esse tipo de serviço público em todas as regiões.
No campo tecnológico, aplicativos como o e-saúdeSP e o Agenda Fácil têm ampliado o acesso da população aos serviços de saúde, com funcionalidades que vão desde agendamento de consultas até telemedicina e monitoramento digital de saúde. A inovação também chegou ao combate à dengue, com uso de drones para mapear focos do mosquito e distribuir larvicidas.
Na atenção especializada, 17 Hospitais Dia realizam procedimentos de baixa e média complexidade, sendo que 12 funcionam 24 horas. Em 2024, os Centros de Referência da Dor registraram aumento de 300% nos atendimentos. Na saúde bucal, os Centros de Especialidades Odontológicas somaram mais de 241 mil atendimentos, com a instalação de mais de 110 mil próteses dentárias.
Entre os avanços no atendimento de urgência, destaca-se a implantação da linha de cuidado para infarto agudo do miocárdio, que permite a administração precoce de medicação e encaminhamento rápido para cateterismo. A medida tem contribuído para reduzir a mortalidade por infarto na capital.