A Prefeitura de São Paulo firmou, na última segunda-feira (28), um convênio com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), para investir R$ 4,4 milhões na preservação do acervo da Biblioteca Mário de Andrade (BMA). A cerimônia ocorreu na sede da biblioteca, no centro da capital, e contou com a presença de autoridades e especialistas em cultura e preservação documental.
O recurso será destinado ao projeto “Do modernismo à era digital: proposta de preservação de acervos da Biblioteca Mário de Andrade”, que contempla ações como a implantação de um laboratório de conservação, digitalização de documentos históricos e criação de um repositório digital de acesso remoto. A iniciativa visa preservar o acervo da segunda maior biblioteca do Brasil e garantir sua longevidade.
Segundo Larissa Martins, coordenadora de gestão e estratégia da BMA, o projeto celebra o centenário da biblioteca e simboliza um olhar para os próximos cem anos. “Modernizar esse acervo permite que a gente de fato comece a pensar nos próximos 100 anos”, afirmou.
O presidente da Finep, Celso Pansera, destacou que a chamada pública inicialmente previa R$ 250 milhões, mas diante da alta demanda de projetos de qualidade, como o da BMA, o valor foi ampliado para R$ 500 milhões. “O formato permitiu que experiências maravilhosas como o acervo da Mário de Andrade pudessem ser contempladas”, declarou.
Entre os materiais a serem digitalizados estão manuscritos de figuras históricas como Paula Souza e periódicos paulistanos dos séculos XIX e XX. A expectativa é de que a digitalização ajude a preservar os documentos e amplie o acesso ao conhecimento para pesquisadores e o público em geral, no Brasil e no exterior.