Elas no Comando: Mulheres Puxam Movimento Exigido Pela Nova Geração de Profissionais

HABLA FM
17/04/2025 21h30 - Atualizado há 20 horas

Elas no Comando: Mulheres Puxam Movimento Exigido Pela Nova Geração de Profissionais
Imagem cedida pela assessoria para fins jornalísticos

Por muito tempo, liderar foi sinônimo de impor, controlar, maximizar. Mas esse modelo começa a perder espaço — não apenas por vontade das lideranças, mas por uma exigência clara do novo mercado de trabalho. As novas gerações, especialmente a Geração Z, não querem apenas um salário: querem um propósito.

Segundo a Deloitte (2023), quase 70% dos jovens profissionais escolhem empregos alinhados com seus valores pessoais. E 49% já deixaram posições que não estavam conectadas com um propósito maior. Essa é a lacuna que a liderança com propósito vem preencher.

"Quero trabalhar para uma empresa que tenha propósito e que aja de acordo com ele. Não adianta ter um discurso bonito se, na prática, é só fachada." — Participante da pesquisa global da IBM sobre Geração Z e Millennials.

Esse tipo de percepção tem sido cada vez mais comum — e empresas que não atualizarem suas lideranças para essa nova mentalidade terão dificuldades em atrair e reter talentos.

"Durante anos, estive em ambientes onde o lucro valia mais que a integridade. Onde trapaças eram ignoradas, desde que os números fechassem no fim do mês. Ali, entendi: resultado sem propósito é prejuízo disfarçado", afirma Elaine Cavalheiro, mentora de líderes e negócios.

"Liderança com propósito é transformar potência em direção. É sair do automático e mover pessoas com clareza, intenção e impacto real."

Esse novo modelo de liderança não surge apenas em livros ou consultorias. Ele se materializa na forma como as mulheres estão conduzindo pessoas, equipes e organizações. Uma liderança que valoriza escuta ativa, construção coletiva e coerência entre discurso e prática.

E há uma razão concreta para serem as mulheres à frente desse movimento. Segundo o estudo Women in the Workplace (McKinsey & LeanIn.Org, 2023), mulheres em cargos de liderança têm 41% mais chance de praticar liderança empática e 28% mais probabilidade de incluir o propósito como parte do alinhamento estratégico das equipes. Além disso, elas investem mais tempo no desenvolvimento de talentos e no bem-estar dos colaboradores, pilares essenciais para a cultura de propósito.

"Liderança inspiradora é andar lado a lado. É ensinar e aprender com quem está na caminhada. É ser exemplo, é ser presença", resume Andrea Berti, diretora da BerCon Contabilidade Digital.

Esse "lado a lado" é o que as novas gerações esperam: um ambiente de confiança, troca e significado. Ainda segundo a McKinsey, organizações lideradas por mulheres são percebidas como duas vezes mais comprometidas com causas sociais e ambientais, um sinal claro de alinhamento entre liderança e propósito coletivo.

"Liderar com alma é resistir ao convite de desumanizar. É valorizar os tempos, as relações e as singularidades. É entender que o impacto começa dentro — com escuta, com presença, com coerência", reforça Danielle Gross, idealizadora da Brincaê.

No fundo, estamos falando de liderar com humanidade — e isso não é fraqueza, é estratégia. Em um cenário em que o esgotamento mental se tornou epidemia e o engajamento das equipes despenca, lideranças que colocam pessoas no centro se tornam diferencial competitivo.

"Cada vez mais mulheres estão assumindo espaços de liderança com liberdade e autenticidade. Empreender foi a forma que encontrei de liderar à minha maneira — com coragem, com valores e com impacto real", compartilha Michelle Vilaça, arquiteta e fundadora da VILARQ.

Essa transformação não está apenas em discursos inspiradores. Está sendo medida. Está sendo exigida. Está se tornando critério.

Liderar com propósito é mais do que tendência. É responder ao chamado de uma geração que não quer apenas trabalhar. Quer construir algo com sentido. E são as mulheres que estão, cada vez mais, conduzindo esse movimento.

"Eu saí do meu primeiro emprego porque não via sentido nenhum no que fazia. Ganhar um salário não era suficiente. Eu precisava sentir que estava contribuindo com algo que fizesse diferença." — Beatriz Souza, 24 anos, BBC Brasil.

"Quando a liderança é guiada por propósito, os resultados aparecem de forma mais sólida — inclusive aqueles que não cabem em planilhas, mas transformam pessoas e organizações por dentro", conclui Elaine.


Contribuíram com esta matéria:

Elaine Cavalheiro
Consultora e Mentora para Líderes e Negócios
(41) 99138-4300
@elainecavalheiro.lug | @elluestrategias
linkedin.com/in/elainecavalheirolug

Andrea Berti
Diretora da BerCon Contabilidade Digital
@andreaberticontadora

Danielle Gross
Idealizadora da Brincaê, movimento em favor das infâncias
@somosbrincae | @danielle_gross_

Michelle Vilaça
Arquiteta e CEO da VILARQ Arquitetura
(41) 99122-7272
@vilarq.arquitetura
www.vilarq.com.br


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ROBERTA FABIANI DA TRINDADE
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