Aumento de casos de Herpes-Zoster

Sabemos o que é, e o que está acontecendo?

Florence Rei, www.florencerei.com
14/04/2025 09h24 - Atualizado há 1 dia

Aumento de casos de Herpes-Zoster
Stock fotos

Os vírus do herpes lideram a lista de infecções latentes em humanos e estima-se que mais de 90% da população mundial já tenha sido infectada pelo vírus varicela-zoster (VZV), responsável pela catapora.

Antes da década de 1990 a catapora foi uma experiência praticamente universal para todas as crianças, e para àquelas com sistema imunológico normal, a doença manifestava-se de forma leve e conferia imunidade a longo prazo.

Após a infecção natural por catapora, o vírus permanece latente no corpo, e caso seja reativado mais tarde na vida, geralmente em adultos imunocomprometidos, o vírus ressurge na forma de herpes-zoster. Antes da introdução da vacina contra o vírus causador da catapora, a alta prevalência da doença natural nas comunidades servia para controlar o herpes-zoster na maioria dos adultos, aumentando regularmente um tipo de imunidade chamada imunidade mediada por células.

Mas a partir de 1995, sem qualquer razão médica convincente para fazê-lo, o CDC adicionou a vacina contra a catapora ao calendário de vacinação infantil. Naquele mesmo ano, e financiado pelo próprio CDC, foi contratado pelo Departamento de Saúde de Los Angeles por meio da Vigilância Ativa da Varicela um pesquisador analítico.

No ano 2000, após relatos de enfermeiras escolares sobre "aumentos inexplicáveis ​​no número de casos de herpes-zoster entre crianças em idade escolar", o analista convenceu o CDC de adicionar às pesquisas a vigilância ativa do herpes-zoster. Em pouco tempo, o esforço de dupla vigilância, varicela e herpes-zoster, revelou duas consequências claramente negativas do programa de vacinação contra varicela:

1- A vacinação generalizada contra a catapora havia “acelerado a recorrência do herpes-zoster em crianças que tiveram catapora natural” a taxas superiores às publicadas “em qualquer estudo histórico”. Anteriormente, “taxas tão altas de incidência de herpes-zoster estavam... associadas a adultos mais velhos, não a crianças”.

2- O programa de vacinação em massa contra a varicela também havia “aumentado a probabilidade de recorrência do herpes-zoster em adultos”.

No entanto, sem querer arruinar o “sucesso” da campanha de vacinação contra a catapora as agências mascararam, estatisticamente, as descobertas indesejadas. Calcularam incorretamente a média das taxas de herpes-zóster entre os dois subgrupos muito diferentes de crianças (crianças vacinadas e as que já haviam tido catapora natural) para ocultar o pico de herpes-zoster.

Quanto ao pesquisador, ele não somente foi instruindo a "não prosseguir com análises de tendências em casos de herpes-zoster", como também foi impossibilitado de entrar em contato com indivíduos que relataram uma segunda recorrência de herpes-zoster dentro de um ano do primeiro caso relatado. E ainda, o pesquisador foi desacreditado e pressionado a renunciar à publicação em jornal médico dos estudos e dados encontrados.

Portanto, vemos que já no passado conhecíamos a ativação do vírus da herpes-zoster associado à vacina contra varicela.

Qual seria então a causa do atual ressurgimento de casos de herpes-zoster?

Muito antes da chegada das injeções experimentais para sanar a crise sanitária de 2020, as bulas das vacinas licenciadas contavam ao público uma história perturbadora. Qualquer pessoa interessada no assunto podia clicar no site do Food and Drug Administration, FDA, uma espécie de Anvisa americana, e verificar a documentação de 400 tipos diferentes de reações adversas que afetam praticamente todos os órgãos e sistemas do corpo. Estas davam pistas das inúmeras maneiras pelas quais a intervenção agressiva ao sistema imunológico pelas vacinas pode desregular o sistema imunológico saudável, e alterar de forma negativa a primeira linha de células de defesa do organismo, resultando em respostas imunológicas erradas.

Com a crise sanitária, o inventário confidencial da Pfizer que “nunca deveria ter sido divulgado”, mostra dados internos chocantes de reações adversas. Os documentos foram forçados a serem expostos por uma solicitação da Lei de Liberdade de Informação (FOIA).

Nos primeiros 90 dias do uso emergencial da injeção (até 28 de fevereiro de 2021), a Pfizer registrou mais de 158.000 eventos adversos diferentes — incluindo 1.223 mortes — distribuídos em 42.086 relatos de casos.

Embora coágulos sanguíneos e problemas cardíacos após a vacinação para conter a crise de 2020 tenham atraído maior atenção, o gráfico de eventos adversos, que exibe 27 diferentes "classes de sistemas de órgãos", revela problemas abrangentes — muitos dos quais destacam uma "reprogramação" perturbadora das respostas imunológicas dos receptores.

Entre as disfunções imunológicas que a Pfizer considerou "de especial interesse" (listadas na categoria "outras") estavam 281 eventos relacionados ao herpes-zóster, com início mediano de um dia após a vacinação.

Portanto, é muito provável que a atual incidência de casos de herpes-zoster que estamos vendo esteja intimamente relacionado às campanhas de vacinação para a contenção da crise sanitária de 2020.

A decisão de tomar ou não a vacina Shingrix contra o vírus do herpes-zoster é sua. No entanto, antes de decidir converse com seu médico, pois além dos riscos de reações adversas há relatos de pacientes que desenvolveram a doença após vacinação.

por Florence Rei, formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora. contato: www.florencerei.com / email: [email protected]


Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
DENISE MONTEIRO SANTOS
[email protected]


FONTE: Florence Rei / www.florencerei.com
Notícias Relacionadas »