Inteligência artificial reduz burocracia no setor de papel e celulose

Devido ao elevado número de empresas terceirizadas contratadas, as companhias de celulose estão entre as que mais se beneficiam do uso de IA para validação documental

CINTIA ESTEVES
10/04/2025 06h00 - Atualizado há 16 horas

Inteligência artificial reduz burocracia no setor de papel e celulose
Divulgação

Devido ao elevado número de empresas terceirizadas contratadas, as empresas do setor de papel e celulose são umas das que mais se beneficiam com a validação documental realizada por meio da inteligência artificial (IA). O segmento tem como desafio a burocracia excessiva, uma vez que com muitas prestadoras de serviços envolvidas, as companhias de celulose precisam gerenciar um volume imenso de documentos como contratos de locação e prestação de serviços, porte e registro de motosserras, relatórios de FGTS e e-Social, entre outros. Isso resulta em um desperdício significativo de tempo de profissionais que poderiam ser direcionados para tarefas mais estratégicas. Pensando na desburocratização dos processos, a Dynadok está transformando o setor.

A validação manual de documentos, seja de empresas parceiras, terceirizadas ou colaboradores, pode ocupar até meses nos processos e atrasar contratos e pagamentos. Já com o uso da IA Dynadok, a resposta sobre os documentos acontece em segundos. “As empresas de papel e celulose contratam muitos donos de propriedades para plantação de eucaliptos, por exemplo. E cada uma dessas propriedades precisa estar com suas atividades regularizadas: da contratação dos colaboradores, passando pelas licenças ambientais, ao pagamento de tributos. Para garantir que esses fornecedores estejam em dia com suas obrigações, as empresas de celulose necessitam, todos os meses, conferir uma alta quantidade de documentos das empresas prestadoras de serviços, dos funcionários e dos equipamentos envolvidos”, afirma William Valadão, CEO da Dynadok, startup que usa a inteligência artificial (IA) para a validação documental. Todo esse trabalho é essencial no segmento, pois qualquer problema relacionado aos fornecedores é de responsabilidade de celulose. 

A startup brasileira tem se destacado no mercado com a proposta de desburocratizar e automatizar a validação documental por meio da (IA) — uma área nova e promissora no país. Ao explorar o ecossistema de tecnologia europeu, William Valadão identificou uma lacuna na eficiência da análise de documentos e criou uma solução que agiliza processos, reduz custos e elimina os erros manuais, disponível para todos os setores da economia. A Dynadok já é responsável pela validação documental de alguns dos maiores players do setor de celulose do país.

O objetivo é identificar e validar documentos em vários formatos e layouts, de imagens a PDFs, com uma extração de dados precisa. A solução auxilia na automatização do fluxo de trabalho das empresas — algo que o mercado como um todo considera importante: de acordo com um levantamento da monday.com em parceria com a Rep Data LLC, 81% dos brasileiros acreditam que automatizar o fluxo de trabalho aumentaria o envolvimento dos colaboradores. 

“Com a IA, aliviamos a carga de trabalho das equipes, inclusive o retrabalho que atrasa os pagamentos no mercado de celulose. A validação documental passa a ser feita em segundos e, quando algo errado é identificado no documento, o fornecedor é avisado rapidamente para que possa fazer a correção necessária e reenviá-lo” , comenta Rodrigo Grossi, COO da Dynadok. 

O setor de atuação da Dynadok, conhecido como IDP, ou Intelligent Document Processing, deve representar US$ 26,53 bilhões em 2032, de acordo com a DataIntelo, com uma taxa anual de crescimento de 37,5% de 2024 até 2027. “Não só no país, mas em nível global, poucas empresas fazem automação de análise documental de maneira tão abrangente como nós. Enquanto a maioria utiliza RPA [Robotic Process Automation], nós adotamos o IDP [Intelligent Document Processing], que é uma abordagem mais sofisticada e baseada em IA, explica o CEO da Dynadok.



 

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