Mercado imobiliário do Rio de Janeiro fecha 2024 com saldo positivo

Setor registra melhor resultado em cinco anos e apresenta tendência de crescimento e novas oportunidades para 2025

MARINA GUEDES
11/04/2025 11h15 - Atualizado há 16 horas

Mercado imobiliário do Rio de Janeiro fecha 2024 com saldo positivo
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O mercado imobiliário da cidade do Rio de Janeiro encerrou 2024 em alta. De acordo com levantamento do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Rio de Janeiro (Secovi-Rio), a capital fluminense registrou a venda de 49.575 imóveis no ano passado, um crescimento de 31% em relação ao ano anterior, quando foram comercializados 37.878 unidades.

O estudo foi baseado nos dados do Imposto sobre Transmissão de Bens Imóveis (ITBI) da Prefeitura do Rio. O coordenador do Centro de Pesquisas e Análise da Informação do sindicato, Maurício Eiras, destaca que o resultado foi o melhor dos últimos cinco anos, mesmo em um cenário de juros altos. 

A Barra da Tijuca liderou a lista de bairros mais procurados, com 3.678 unidades vendidas. Em seguida, aparecem Copacabana (3.102), Recreio dos Bandeirantes (2.909), Campo Grande (2.335),Tijuca (2.334), Jacarepaguá (2.062) e Botafogo (1.562).

Outro indicador que confirma o aquecimento do setor é o número de lançamentos. Segundo dados da Brain Inteligência Estratégica, compartilhados pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário no Rio de Janeiro (Ademi-RJ), foram lançadas 22.120 unidades no município em 2024, uma alta de 37,3% em relação a 2023. 

O mercado movimentou R$ 33,54 bilhões em vendas ao longo do ano, de acordo com a plataforma RioM², que monitora os dados do ITBI. Somente nos nove primeiros meses, foram R$ 28,8 bilhões em transações — 15,7% acima do mesmo período de 2023.

Além do mercado tradicional, outras formas de aquisição de imóveis também se destacaram, como o leilão de imóveis no Rio de Janeiro. Segundo a Ademi-Rj, somente em relação aos imóveis financiados pela Caixa Econômica Federal, houve um crescimento de 75% na oferta de leilões, com mais de 25 mil unidades.

A associação explica que, enquanto a situação se complica para a parcela da população inadimplente, que tem seus imóveis retomados, para outra, acaba se tornando uma opção de investimento. Imóveis adquiridos nesta modalidade podem ter preços de 40% a 60% menores do que aqueles encontrados no mercado convencional, segundo a Jusbrasil.

Além da economia, o formato remoto democratiza o acesso. Com a possibilidade de participar de um leilão de imóveis online, é possível dar lances de qualquer parte do Brasil, ampliando o alcance das transações.

Cenário positivo continua em 2025, Zona Norte se destaca

O bom desempenho de 2024 parece ter continuidade neste início de ano. Dados, divulgados no 15º Panorama Imobiliário do Rio, evento do Secovi-Rio que aconteceu em março, mostram que a cidade registrou a venda de 6.638 apartamentos no primeiro bimestre do ano, o correspondente a alta de 72% em relação ao mesmo período de 2020.

A Zona Norte é apontada como uma das regiões com maior potencial de valorização. Em janeiro, foram registradas 1.043 unidades vendidas e 747 lançamentos apenas nessa localidade. 

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-Rio), Claudio Hermolin, o mercado imobiliário do Rio vive um momento de duas grandes oportunidades: a valorização da Zona Norte, que sempre teve potencial, mas carecia do estímulo proporcionado pelo novo Plano Diretor, e a ampliação dos incentivos de desenvolvimento que agora se estendem do Porto Maravilha até São Cristóvão.

“Pra quem não acreditava no Centro, no Porto Maravilha e na Zona Norte, é melhor abrir o olho. Estamos falando dos grandes vetores de crescimento da cidade”, destacou Hermolin em entrevista à imprensa.

Além dos apartamentos, o segmento de casas também apresentou bons resultados: 1.081 unidades foram comercializadas no início de 2025, frente a 735 no mesmo período de 2020. Segundo a Secovi-Rio, os números são reflexo de uma recuperação consistente do mercado imobiliário carioca, impulsionada pela melhora do cenário econômico e pelo crescimento da confiança por parte dos compradores.


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MARINA FERNANDEZ GUEDES
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