Leonardo DiCaprio tem 49 anos e um histórico amoroso que parece seguir uma lógica tão precisa quanto uma equação matemática. Nenhuma de suas ex-namoradas passou dos 25. Coincidência? Gosto pessoal? Ou o espelho de um padrão masculino muito mais comum e silencioso do que se imagina?
Inspirado nesse comportamento, surge o termo “Síndrome de DiCaprio”, uma expressão não oficial, nascida entre memes das redes sociais para descrever um tipo de desejo masculino que ultrapassa a ficção e as manchetes de celebridades, onde homens maduros preferem mulheres bem mais jovens, quase sempre no auge da juventude física e estética.
De Gisele Bündchen à Bar Refaeli e Camila Morrone que foi dispensada logo após completar 25. Agora, Vittoria Ceretti, 26 recém completos. Estaria DiCaprio rompendo sua própria regra? Ou apenas adiando a próxima troca?
A questão é que, longe dos tapetes vermelhos, esse padrão se repete, muitas vezes com ainda menos disfarces. E ele movimenta um mercado próprio, o das experiências personalizadas, dos encontros sob medida, das plataformas que conectam desejo, exclusividade e juventude.
Segundo Bárbara Gutierrez, sócia da Exclusive, plataforma que conecta mulheres a eventos e experiências com homens de alto padrão, o perfil do cliente que busca juventude como critério central é mais comum do que se imagina. “Temos percebido cada vez mais um movimento na nossa plataforma de pedidos de homens específicos por mulheres com até 23 anos. E não basta a idade, é preciso que pareçam ainda mais novas. A juventude virou não só um símbolo estético, mas quase uma exigência. Para muitos, é sinônimo de frescor, energia, submissão e, claro, status.”
Bernardo Castro, também sócio da plataforma, reforça: “Essa escolha não é apenas sobre beleza. É sobre poder, projeção social, controle. Há uma fetichização clara da juventude. Muitos homens veem isso como uma conquista social. Sair com uma mulher jovem é como ostentar um relógio de luxo ou um carro esportivo. E fazem disso um requisito, não uma preferência.”
Pesquisas reforçam esse olhar. Um estudo da Universidade da Califórnia em Davis, com mais de 4.500 interações em encontros às cegas, concluiu que homens e, em menor escala, mulheres, demonstram preferência por parceiros mais jovens, mesmo que raramente admitam isso abertamente. O desejo, portanto, existe. Só é mais bem disfarçado em certos círculos.
Nas plataformas de acompanhantes, agências de luxo e apps de sugar dating, esse padrão de busca por juventude é ainda mais explícito e estruturado. Ali, o que para alguns é um “gosto”, para outros é um investimento. Homens que sabem exatamente o que querem, quanto estão dispostos a pagar, e que tipo de experiência desejam viver.
“A juventude passou a ser vendida como uma performance. Rosto sem marcas, corpo com curvas específicas, voz doce, comportamento discreto. Muitos desses homens projetam nessa mulher idealizada uma fantasia de pureza ou moldabilidade como se o frescor da idade significasse menos opinião e mais admiração por ele”, comenta Bárbara.
A chamada Síndrome de DiCaprio pode não constar nos manuais de psicologia, mas descreve com precisão um ciclo: o desejo masculino atrelado à juventude, o medo do envelhecimento próprio e a fantasia da mulher que valida sua potência e imagem. Mais do que um comportamento, é um código não verbal que segue vivo e muitas vezes, lucrativo.
No fim das contas, a pergunta não é se Leonardo DiCaprio vai quebrar sua regra dos 25. A pergunta é: quantos homens seguem exatamente a mesma só que longe dos holofotes, com hora marcada e nome na lista VIP.
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FERNANDA ROCHA MARTINS KRAUFERNANDA ROCHA MARTINS KRAU OLIVEIRA
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