Da vulnerabilidade à independência: como a ONG PAC muda realidades de mulheres periféricas

nstituição atua para proporcionar oportunidades de capacitação e desenvolvimento social nas periferias de Pirituba, Jaraguá e Pq. São Domingos 

BIANCA SALES | PITCHCOM COMUNICAçãO
08/04/2025 14h53 - Atualizado há 3 dias

Da vulnerabilidade à independência: como a ONG PAC muda realidades de mulheres periféricas
Divulgação/ Arquivo PAC

De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) 2023 do IBGE, lares chefiados por mulheres, pessoas pardas e com menor grau de instrução são os mais afetados pela insegurança alimentar no país. As mulheres lideraram 59,4% dos domicílios nessa situação em 2023 frente a 40,6% dos homens. 
 

Além disso, apesar da promulgação da Lei Maria da Penha, em 2006, que aumentou o rigor das punições para agressões domésticas, as mulheres de baixa renda ainda enfrentam altos índices de violência. Fatores como alcoolismo, vício em drogas, pobreza e baixa escolaridade contribuem para essa realidade. Ainda existe a questão do acesso limitado à justiça e da falta de recursos adequados, que dificultam a proteção.  
 

Diante de tal contexto, é fundamental que instituições sociais e outras organizações façam um trabalho contínuo para oferecer o devido amparo à essas mulheres, proporcionado oportunidades de capacitação profissional e desenvolvimento social.  
 

A ONG PAC (Projeto Amigos da Comunidade) atua há mais de 20 anos para colaborar com a transformação social e impacta positivamente mais de 7 mil pessoas por mês, especialmente mulheres em situação de vulnerabilidade social nas periferias de Pirituba, Jaraguá e Pq. São Domingos, na capital paulista. 
 

Rosangela Silva: novas oportunidades de trabalho 
 

Entre as que tiveram a vida transformada com o auxílio da instituição, está Rosangela Gomes da Silva. Com três filhos e na época desempregada, ela e sua família foram acompanhadas pelo SASF (Serviço de Assistência Social à Família) da ONG PAC durante um ano e meio. 
 

Em 2022, conheceu a instituição por conta de um dos seus filhos, que ingressou no programa Jovem com Futuro, do PAC. A iniciativa visa criar oportunidades para jovens periféricos. Em seguida a ONG a encaminhou para o projeto de geração de renda Aki Tem Trampo, que oferece formação e emprega mulheres da comunidade na instituição, além de indicá-las para vagas no mercado de trabalho formal. 
 

A princípio, Rosangela, demostrava muita timidez e não acreditava em si mesma, por conta da baixa autoestima causada pelos percalços da vida. Com decorrer das aulas, ela pôde se empoderar e entender um pouco mais sobre o mercado de trabalho, sendo uma das alunas destaque do curso. 
 

Após três meses, Rosangela foi indicada para o mercado e, atualmente, está empregada como orientadora socioeducativa no PAC e, assim, consegue proporcionar mais bem-estar e conforto para a família. 
 

“Eu estava há 10 anos afastada do mercado e meu principal desejo era voltar a trabalhar. Portanto, tenho muito carinho e gratidão pelo PAC, que me ajudou a mudar de vida. Os projetos sociais da ONG realmente fazem a diferença para as famílias da comunidade. Como parte do quadro de colabores, sinto que também posso dar minha contribuição e retribuir toda ajuda que eu recebi”, destaca Rosangela. 
 

Jaqueline Almeida Torres: da violência doméstica ao empreendedorismo 
 

Outro exemplo que merece destaque é o caso de Jaqueline de Almeida Torres (32). Ela ingressou no PAC em uma situação de extrema necessidade e com uma vida marcada por vários episódios de violência doméstica. Mãe de três filhos, sua única fonte de renda era com bicos de auxiliar de limpeza, porém os ganhos não eram suficientes para sustentar família e, mais ainda, para ajudá-la a se reerguer emocionalmente. 
 

Ao buscar apoio no PAC, Jaqueline encontrou não apenas alimentos e cuidados básicos, mas também um espaço de acolhimento e oportunidades, uma vez que começou a passar por atendimentos psicológicos, que a ajudaram a lidar com os traumas do passado e a reconectar-se consigo mesma. Sentindo-se mais segura e apoiada, Jaqueline iniciou um curso de cabeleireiro, mais especificamente de assistente de salão de beleza, oferecido pela instituição por meio do projeto Beleza Solidária
 

Com muita dedicação e resiliência, concluiu a primeira capacitação e, na sequência, fez outro curso para se tornar ajudante. “Depois disso, minha professora me chamou para ser freela no salão dela, no Alto da Lapa, e, atualmente, compareço uma vez por semana para trabalhar no local”, conta Jaqueline.  
 

Além do trabalho como freela, ela montou o próprio salão em casa. Hoje, portanto, ela não é mais a mulher vulnerável que chegou ao PAC, mas sim uma mulher empoderada, confiante e capaz de sustentar a família com o próprio negócio. 
 

“O PAC foi uma grande oportunidade que eu agarrei e mudou a minha vida. Eu tinha depressão e, com o curso, minha autoestima cresceu e eu passei a valorizar mais a vida. Financeiramente, a situação vai melhorando aos poucos, mas o que importa é a minha força de vontade de crescer. Quero proporcionar um atendimento diferenciado aos clientes e, por conta disso, estou investindo em mim e no meu próprio negócio”, complementa a empreendedora. 
 

De acordo com Rosane Chene, empreendedora social e diretora da ONG PAC, histórias como as de Rosangela e Jaqueline demonstram como as oportunidades proporcionadas pela ONG podem ser a chave para o empoderamento feminino e para a construção de um futuro mais digno. 
 

“São casos que nos mostram a importância de investir no potencial das mulheres, oferecendo educação, apoio emocional e oportunidades de capacitação profissional. No PAC, acreditamos que todas as mulheres têm a capacidade de conquistar seus sonhos e mudar suas realidades, e é isso que estamos fazendo: transformando vidas e comunidades”, conclui Rosane.  

 

 

Sobre o PAC - Projeto Amigos da Comunidade        

Fundado há 22 anos, o PAC – Projeto Amigos da Comunidade uma Organização Social sem fins lucrativos certificada pelo CEBAS - Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social - que atende a população em situação de vulnerabilidade e/ou risco social nos distritos de Pirituba, São Domingos e Jaraguá (SP).  Atualmente, o PAC conta com mais de 100 funcionários, cerca de 5.000 voluntários, 192 mantenedores via doação e mais de 10 empresas parceiras que subsidiam as oficinas promovidas pela organização, como Elo, Sow, Co.Aktion, Netas, Totvs Meridional, R3 e  Zendesk.       

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