BASF impulsiona a transformação verde e investe na circularidade para dar novos fins ao lixo
No centro do debate ambiental sobre destinação correta de resíduos, a empresa desenvolve soluções inovadoras como novos modelos de negócio e ciclos de materiais
LARISSA BATALHA | MáQUINA CW
31/03/2025 12h37 - Atualizado há 1 dia
Divulgação: BASF
A gestão de resíduos é um dos desafios ambientais mais urgentes da atualidade. Dados da ONU indicam que globalmente, a cada ano, cerca de 11,2 bilhões de toneladas de refugos sólidos são coletados. No Brasil, mesmo com avanços na legislação, mais de 161 mil toneladas de lixo foram enterradas na propriedade do próprio gerador, tanto de empresas quanto de residências, como mostra o Panorama dos Resíduos Sólidos do Brasil 2024 da Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema). Diante desse cenário, a BASF enxerga como oportunidade e já têm iniciativas concretas que contribuem para a transição para um modelo produtivo mais sustentável. “Afinal, não basta apenas reduzir o desperdício – é preciso reavaliar toda a cadeia de produção e encontrar novas formas de dar vida aos resíduos. É aí que a economia circular se torna fundamental”, afirma Caroline de Lima, gerente de Sustentabilidade da BASF para a América do Sul. Segundo Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), a transição para modelos produtivos circulares exige um esforço conjunto entre os setores industriais, políticas públicas e investimento em inovação. Para que a economia circular se desenvolva, é essencial promover a inovação, educação e um contexto regulatório seguro. Os caminhos para o Lixo Zero A BASF tem trabalhado para colocar em prática esse conceito, e reforça seu compromisso ao oferecer soluções que viabilizem a transformação verde de seus clientes, ao mesmo tempo em que reduz o impacto material e a pegada de carbono de seus produtos. Uma das práticas adotadas pela empresa é eliminar a destinação de rejeitos para aterros, que exigiu uma mudança estrutural na forma como os materiais são utilizados ao longo do ciclo produtivo. “Quando falamos de resíduos, nos referimos aqueles que, por limitações tecnológicas ou econômicas, ainda não podem ser reciclados diretamente, mas podem ser reaproveitados de outras formas”, diz Lima. Na BASF, essa transformação ocorre por meio de processos como compostagem e biodigestão. Os restos orgânicos das unidades industriais são convertidos em adubo para projetos ambientais internos, enquanto a biodigestão transforma esses materiais em biogás, reduzindo a necessidade de destinação externa e contribuindo para a autossuficiência energética nas fábricas da companhia. Em São Bernardo do Campo, a unidade responsável pela produção de plásticos de engenharia abriga o primeiro biodigestor da BASF, um sistema que utiliza microrganismos para decompor alimentos não consumidos para efluente rico em nutrientes que pode ser descartado com segurança diretamente na rede de esgotos, caixa de gordura ou estação de tratamento de efluentes.Além disso, deixa de enviar outros materiais que antes iam para o aterro, como por exemplo o lixo comum que agora vai para coprocessamento; e o entulho é que destinado para reciclagem. Já em Guaratinguetá, no interior de São Paulo, um sistema de compostagem interna reaproveita alimentos usados na preparação das refeições e os transforma em adubos. O adubo gerado é destinado ao Programa Mata Viva®, iniciativa que contribui para a recuperação ambiental e conservação da biodiversidade. Só em 2024 mais de 9 mil quilos de alimentos foram destinados para a compostagem. Circularidade passa pela destinação correta A BASF aplica a circularidade em suas operações industriais, garantindo que os materiais descartados sejam reduzidos e reaproveitados de forma eficiente. Outra iniciativa de impacto é o Programa Zero Aterro, que busca acabar com o descarte em aterros sanitários em suas unidades no Brasil. Desde 2015, as unidades da BASF de São Bernardo do Campo (SP) deixaram de enviar mais de 33 mil toneladas de resíduos deixaram de ser enviadas para aterros. No Complexo Acrílico de Camaçari (BA), mais de 688 toneladas de materiais foram reaproveitadas ou destinadas a processos sustentáveis, como a reciclagem e o coprocessamento. No Complexo Químico de Guaratinguetá, a empresa implantou o MAWERYC (Management Waste and Recovery Cycle), programa estruturado de gestão de resíduos e circularidade. Entre suas ações estão a diminuição desses materiais ou a busca de tecnologias de tratamento ambientalmente mais sustentáveis. O impacto do programa tem sido significativo: “desde sua implementação, houve uma redução de custos relacionados a resíduos de aproximadamente R$ 11 milhões por ano e uma diminuição de mais de 6 mil toneladas por ano de emissões de CO2 equivalente”, comenta Caroline. O sucesso do programa levou à sua expansão para as unidades de Concón (Chile), em 2024, e de Jacareí (SP), em 2025. Engajamento de comunidades Além das iniciativas dentro da indústria, a BASF também busca promover práticas sustentáveis em conjunto com a sociedade. Em parceria com a Prefeitura de Guaratinguetá e a Companhia de Serviços de Água, Esgoto e Resíduos de Guaratinguetá (SAEG), a empresa patrocina o projeto Feira Limpa, que incentiva feirantes e consumidores a separarem corretamente os lixos gerados nas feiras livres da cidade. Os substratos orgânicos coletados são transformados em adubo e utilizados em jardins e praças públicas, promovendo benefícios ambientais e econômicos para o município. Empresas que integram a economia circular em suas estratégias ganham competitividade e fortalecem parcerias para criação de soluções mais eficientes e sustentáveis. “O conceito de Lixo Zero não se limita a zerar descartes, mas repensar toda cadeia produtiva para que os materiais tenham novos ciclos de uso. Nosso compromisso é seguir promovendo soluções que não apenas otimizem a gestão de resíduos, mas que também viabilizem a transformação verde de nossos clientes e parceiros”, conclui Caroline. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
LARISSA LUIZA BATALHA BENEDITO
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