Médico de Minas Gerais faz alerta: Aumento de Casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil

Docente da UFSJ alerta para os principais fatores de risco e destaca a necessidade do diagnóstico precoce

SARAH MONTEIRO
18/03/2025 11h14 - Atualizado há 6 horas
Médico de Minas Gerais faz alerta: Aumento de Casos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil
Divulgação

O câncer de cabeça e pescoço tem se tornado um problema de saúde pública no Brasil, com números cada vez mais preocupantes. Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), quase 120 mil novos casos podem surgir até 2025, reforçando a necessidade de campanhas de conscientização e estratégias de prevenção.

O cirurgião de cabeça e pescoço Dr. Bernardo Alves, que atua em São João del Rei e é docente da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), alerta para o impacto do diagnóstico tardio. “Infelizmente, mais de 75% dos casos chegam aos consultórios em estágios avançados, o que reduz significativamente as chances de cura e aumenta a necessidade de tratamentos mais agressivos”, explica o especialista.

Principais fatores de risco

Entre os principais fatores que contribuem para o desenvolvimento do câncer de cabeça e pescoço, o tabagismo e o consumo excessivo de álcool estão no topo da lista. “Esses hábitos aumentam consideravelmente o risco de desenvolver tumores na cavidade oral, faringe e laringe. A associação de álcool e cigarro potencializa ainda mais esse risco”, destaca Dr. Bernardo.

Outro fator importante é a infecção pelo papilomavírus humano (HPV), que tem relação direta com o aumento dos casos, principalmente entre os mais jovens. “A vacinação contra o HPV, oferecida pelo SUS, é uma ferramenta essencial para reduzir o número de diagnósticos”, afirma.

Sinais de alerta

O câncer de cabeça e pescoço pode ser silencioso no início, o que reforça a importância de prestar atenção a sintomas persistentes, como:
• Feridas na boca que não cicatrizam;
• Rouquidão prolongada;
• Dificuldade para engolir;
• Caroços no pescoço;
• Sensação de algo preso na garganta.

“O diagnóstico precoce pode aumentar as chances de cura em até 90%. Por isso, qualquer sintoma persistente deve ser avaliado por um especialista o quanto antes”, orienta Dr. Bernardo.

A importância da informação e da prevenção

Embora ainda haja desafios na implementação de medidas preventivas, Dr. Bernardo ressalta a importância de levar informação acessível à população. “É fundamental que as pessoas tenham consciência dos fatores de risco e saibam quando procurar ajuda médica. A educação é nossa melhor aliada na luta contra a doença”, enfatiza.

Diante do aumento dos casos, investir na prevenção e no diagnóstico precoce é essencial para reduzir a mortalidade do câncer de cabeça e pescoço no Brasil. Medidas simples, como evitar o tabaco e o álcool, manter uma alimentação saudável e realizar exames periódicos, podem salvar vidas.
 

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SARAH MONTEIRO DE CARVALHO
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