A plataforma online de leilões iArremate, que completa dez anos negociando sobretudo arte moderna e contemporânea brasileira, aproveitou esse momento de comemoração e listou os dez artistas com mais consistência nos pregões realizados.
“Não estamos falando de valor, de preço de obras. A lista leva em conta a oferta de trabalhos desses artistas e a quantidade de lances recebidos nos leilões. Em um mercado como o de arte, que é marcado por oscilações e tendências, um artista permanecer dez anos em evidência demonstra interesse constante pela obra dele”, diz Flor Pimentel, Diretora de Marketing do iArremate.
O iArremate é um portal por meio do qual os usuários podem efetuar lances em tempo real em leilões de arte em todo o Brasil. É líder de mercado. Sendo assim, os dados estatísticos levantados por meio da plataforma trazem informações confiáveis sobre o comportamento do mercado de arte.
A lista preparada pelo iArremate a partir de informações dos últimos dez anos é encabeçada pelo cearense Aldemir Martins (1922-2006), exímio colorista reconhecido pela obra figurativa que representa, por exemplo, animais (como gatos e galos), naturezas-mortas (como frutas e flores) e temas relacionados ao Nordeste (como cangaceiros).
O segundo da lista é o potiguar Abraham Palatnik (1928-2020), ícone da arte cinética brasileira (obras que exploram o movimento). Em seguida, Alfredo Volpi (1896-1988). Nascido na Itália, chegou em São Paulo (SP) ainda criança. É um dos mais importantes coloristas da arte brasileira, criador das famosas pinturas de bandeirinhas.
O pernambucano Cícero Dias (1907-2003) é o quarto da lista. Ele, que viveu em Paris (França), desenvolveu um trabalho de teor surrealista. Na sequência, Antonio Poteiro (1925-2010), português radicado no Brasil. Ele, que atuou como pintor, escultor e ceramista, é um dos mais expressivos artistas naif do Brasil.
O paulista Cândido Portinari (1903-1962) é o sexto da lista. Um dos maiores pintores do país, é dono de vasta obra e explorou diferentes temas, como os sociais. Em sétimo, o japonês Manabu Mabe (1924-1997), que chegou ao Brasil aos dez anos de idade e que viveu em São Paulo (SP). É um dos expoentes da arte abstrata brasileira.
Nascido na Argentina e que viveu em Salvador (BA), Carybé (1911-1997) é o oitavo. Grande conhecedor dos temas afrobrasileiros (o candomblé, em especial), retratou temas dessa religião e da Bahia como um todo em sua obra.
O carioca Sergio Telles (1936-2022), o nono do levantamento do iArremate, começou a pintar ainda criança. Produziu arte e expôs em vários países, em paralelo à carreira de diplomata. Quem fecha a lista é Roberto Burle Marx (1909-1994), o renomado arquiteto paisagista, atuante também nas artes plásticas.
“Esses dez artistas praticamente nunca saem do radar dos colecionadores. Sempre há obras deles em leilões e sempre há interessados em obtê-las”, conclui Flor Pimentel.
Para conhecer mais sobre as carreiras e produções desses e de centenas de outros artistas, basta acessar o site do iArremate.
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A imagem que ilustra esse texto é de obra de Aldemir Martins.
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EVERALDO FIORAVANTE
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