Março Vermelho: doenças renais afetam milhões de brasileiros, mas podem ser prevenidas

Nefrologista cooperado da Unimed Goiânia, Dr. Luciano Vitorino, alerta para fatores de risco e importância do diagnóstico precoce

KASANE COMUNICAÇÃO
12/03/2025 11h46 - Atualizado há 17 horas
Março Vermelho: doenças renais afetam milhões de brasileiros, mas podem ser prevenidas
divulgação Freepik
De acordo com a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), cerca de 10 milhões de brasileiros convivem com algum grau de doença renal crônica (DRC), sendo que a maioria só descobre o problema em estágios avançados. Com impacto significativo na qualidade de vida e altas taxas de mortalidade, as doenças renais ainda são subdiagnosticadas e subtratadas.

A hipertensão arterial e o diabetes são duas das principais causas da doença renal crônica. O nefrologista cooperado da Unimed Goiânia, Dr. Luciano Vitorino, explica que essas condições afetam diretamente a função renal ao longo do tempo. "Os rins, o cérebro e o coração são órgãos frequentemente comprometidos por essas doenças. Existem mecanismos fisiopatológicos específicos que prejudicam a função renal progressivamente. Uma dieta equilibrada, rica em frutas e com controle de proteínas e carboidratos, pode auxiliar na prevenção. No entanto, cada paciente tem necessidades específicas, e a orientação de um profissional é essencial", destaca.

Além da hipertensão e do diabetes, infecções urinárias recorrentes e o uso excessivo de medicamentos que podem ser tóxicos aos rins também são fatores de risco. "Muitas pessoas só descobrem problemas renais em estágios avançados, pois a doença é silenciosa e, na maioria das vezes, não causa dor. Isso dificulta o diagnóstico precoce. No entanto, alguns sinais podem indicar problemas, como edema (inchaço), coceira prurido (intensa), perda de apetite e urina muito espumosa. Esses sintomas devem ser investigados o quanto antes", alerta o especialista.

Como facilitar o diagnóstico precoce e melhorar a qualidade de vida?
A prevenção e o diagnóstico precoce são fundamentais para evitar complicações graves. Os exames básicos para avaliação da função renal são a dosagem de creatinina e o exame de urina. "Esses exames devem ser solicitados durante as consultas médicas de rotina, especialmente para pacientes pertencentes a grupos de risco, como hipertensos e portadores de doenças metabólicas", reforça o nefrologista.

O controle da doença renal crônica passa por uma alimentação equilibrada, com baixo consumo de sal, açúcar e carboidratos, além da prática regular de atividade física. "Evitar o tabagismo e o consumo excessivo de álcool também é fundamental. Além disso, há medicações específicas que protegem os rins, muitas delas disponíveis gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS)", destaca.

Quando a doença renal atinge estágios avançados, a terapia renal substitutiva se torna necessária. "Existem três principais métodos: a hemodiálise, que é realizada em clínicas especializadas; a diálise peritoneal, que pode ser feita em casa com um cateter implantado no abdômen; e o transplante renal, que é considerado o melhor tratamento, pois oferece mais liberdade e qualidade de vida ao paciente. No entanto, nem todos são elegíveis e há dificuldades na obtenção de doadores", explica Dr. Luciano.

Campanha Março Vermelho
Campanhas como o Dia Mundial do Rim, celebrado em 13 de março, e o Movimento Março Vermelho são fundamentais para ampliar a conscientização sobre a prevenção e o tratamento das doenças renais. Segundo o especialista, essas iniciativas alertam para uma enfermidade silenciosa que afeta milhões de pessoas, comprometendo a qualidade de vida e podendo levar a complicações graves. Além de informar sobre os riscos e formas de prevenção, as campanhas também buscam garantir mais apoio aos pacientes e reforçar a defesa de seus direitos.
 

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CAROLINA OLIVEIRA DE ASSIS
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