Renave passa a ser obrigatório e altera rotina do mercado de seminovos

Nova regra obriga lojistas a registrar eletronicamente entrada e saída de veículos usados em São Paulo.

DANIEL CORRêA
07/03/2025 16h36 - Atualizado há 3 dias
Renave passa a ser obrigatório e altera rotina do mercado de seminovos
José Carbajal

A partir de janeiro de 2025, as revendas de veículos usados em São Paulo precisaram ajustar seus processos às novas regras do Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave). O sistema passou a ser fiscalizado de forma obrigatória pelo Detran-SP e provocou mudanças no setor.

A fiscalização tem como objetivo reduzir fraudes e garantir que todas as transações de veículos usados sigam padrões mais seguros e transparentes. Com isso, as revendas foram pressionadas a digitalizar suas rotinas, evitando atrasos e irregularidades.

A obrigação atinge todas as empresas que compram, vendem ou intermediam negociações de veículos seminovos e usados. O controle se dá pelo registro automático das entradas e saídas de automóveis no estoque dos estabelecimentos.

Como funciona o Renave

O Renave é um sistema integrado desenvolvido pelo Denatran em parceria com a Receita Federal, e tem como função principal registrar eletronicamente as transações de compra e venda entre empresas do setor automotivo.

Sempre que um carro entra no estoque da loja, o sistema registra o veículo em nome da empresa, garantindo que a transferência ocorra de forma automática. No momento da venda, o processo se repete, assegurando que o novo proprietário tenha a documentação regularizada.

Esse método simplifica a rotina administrativa dos estabelecimentos e elimina a necessidade de idas ao cartório para autenticar documentos, pois as informações são transmitidas eletronicamente ao Detran.

Benefícios do Renave para lojistas

A exigência do Renave aumentou a necessidade de organização e controle nos comércios de veículos usados, mas também trouxe algumas vantagens para o setor.

As empresas passaram a ter mais segurança contra fraudes, pois o sistema identifica possíveis irregularidades nos documentos dos carros antes da conclusão das vendas. Além disso, a digitalização dos processos reduziu o tempo gasto com burocracias, o que melhorou a gestão do estoque.

Os lojistas que se adaptaram rapidamente ao Renave também perceberam maior facilidade no repasse de veículos financiados, pois as informações ficam alinhadas com as instituições bancárias e o Sistema Nacional de Gravames (SNG).

Impactos nas vendas e na arrecadação

Apesar dos benefícios, a obrigatoriedade do Renave também impactou a rotina das lojas de seminovos, exigindo investimentos em sistemas e treinamento dos funcionários.

Esse movimento levou a uma redução das vendas informais, o que deve aumentar a arrecadação do ICMS e das taxas do Detran nos próximos anos. Estima-se que os estados deixem de perder cerca de R$ 8 bilhões anuais com as operações não registradas.

A expectativa do mercado é que, com o tempo, a digitalização do Renave facilite a rotina dos estabelecimentos, reduzindo custos operacionais e consolidando um ambiente mais seguro para compradores e vendedores.

Adaptação das empresas ao novo sistema

Para garantir conformidade com as novas exigências, empresas que comercializam veículos usados precisaram buscar plataformas e sistemas integrados ao Denatran.

Essas soluções permitem que o registro das transações ocorra de forma automática e sem falhas, evitando penalidades e agilizando os processos. Ferramentas como o Motor Consulta auxiliam as revendas na consulta de históricos veiculares e contribuem para a gestão mais eficiente do estoque.


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DANIEL CORREA RODRIGUES
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