A eletrificação de veículos já é uma realidade que vai muito além dos princípios ESG - Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em português). A redução de custos operacionais, a maior previsibilidade de despesas e os ganhos em eficiência logística fazem dos automóveis e caminhões elétricos uma escolha estratégica para as empresas.
Além do transporte de cargas, a mobilidade elétrica também tem um impacto no transporte urbano e interno, como no deslocamento de funcionários e na operação de serviços logísticos dentro de centros de distribuição e indústrias. Pequenos veículos elétricos já são amplamente utilizados para otimizar entregas de curta distância e operações em grandes áreas industriais, reduzindo custos e aumentando a eficiência.
No Brasil, a transformação sustentável já começou: em 2024, foram vendidos 397.789 veículos eletrificados, um crescimento de 88,83% em relação a 2023, indicando que o setor está cada vez mais atento às oportunidades oferecidas pela mobilidade elétrica.
O maior impacto da eletrificação de frotas está nos custos operacionais. Segundo estudos, veículos elétricos reduzem as emissões do setor de transportes em até 67% e possuem um custo de abastecimento muito menor do que os modelos a combustão. No caso dos caminhões, essa diferença se traduz em economia direta, já que o diesel representa uma das principais despesas logísticas.
Além disso, a manutenção dos caminhões elétricos é mais simples e previsível. Sem componentes como sistemas de exaustão, filtros de óleo e motores de combustão interna, os veículos elétricos exigem menos paradas para reparos e têm menor risco de falhas mecânicas inesperadas. Isso significa menos tempo de inatividade e maior produtividade para as empresas que operam grandes frotas.
A eletrificação também é aliada dos serviços urbanos essenciais, como a coleta de resíduos e a distribuição de encomendas. Com menores custos operacionais e maior autonomia dentro dos perímetros urbanos, os veículos elétricos têm sido cada vez mais utilizados em operações municipais e de empresas de logística urbana.
A eletrificação também melhora a eficiência logística, principalmente nas entregas urbanas e regionais. Estudos apontam que quase 40% dos novos veículos registrados em 2023 na Califórnia já eram elétricos, o que demonstra a rápida adoção dessa tecnologia em mercados estratégicos.
No Brasil, cidades como Porto Alegre já avaliaram que a eletrificação da frota de ônibus poderia gerar uma economia de R$ 3,7 bilhões até 2050, apenas com custos de abastecimento. A mesma lógica se aplica ao transporte de cargas.
Com veículos elétricos, as empresas podem otimizar rotas sem se preocupar com as variações no preço do combustível, reduzindo custos e aumentando a previsibilidade financeira.
Além disso, a ampliação da infraestrutura de recarga segue o mesmo caminho da expansão dos postos de combustível no passado, tornando cada vez mais viável a adoção em larga escala.
As frotas internas de veículos elétricos também vêm se tornando uma opção eficiente dentro de galpões logísticos e fábricas. Empilhadeiras, carrinhos de transporte e veículos leves elétricos contribuem para operações mais rápidas e silenciosas, aumentando a produtividade sem os custos de combustível convencionais.
O gerenciamento eficiente de uma frota elétrica exige dados precisos sobre consumo de energia, ciclos de recarga e desempenho dos veículos. O sistema do frotacontrol permite que empresas acompanhem em tempo real o status de cada caminhão, programem manutenções preditivas e otimizem rotas para reduzir gastos com abastecimento.
Além disso, os relatórios customizados ajudam na tomada de decisão, permitindo que os gestores avaliem com precisão o retorno sobre o investimento.
Com a eletrificação avançando rapidamente e o Brasil utilizando 88% de sua energia de fontes limpas, a mobilidade elétrica nas frotas de caminhão não é apenas uma tendência, mas uma solução mais lógica e eficiente para o setor de logística.
Empresas que se anteciparem e adotarem essa tecnologia com suporte de uma gestão eficiente terão uma vantagem competitiva significativa nos próximos anos.
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DANIEL CORREA RODRIGUES
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