COP30 traz para a Amazônia debate sobre crescimento empresarial e desenvolvimento sustentável
O desafio está em aliar rentabilidade à responsabilidade ambiental
ROBERTA BONI
05/03/2025 16h37 - Atualizado há 1 mês
Freepik
A Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025, também chamada de COP30, será palco, em novembro, de grandes debates sobre o clima global. O evento, que será realizado em Belém (PA), coloca a Amazônia no centro das discussões e reforça a urgência de se integrar sustentabilidade a estratégias empresariais. Não se trata apenas de uma pauta ambiental, mas de um desafio que impacta empresas de todos os tamanhos—das pequenas às grandes corporações. A adaptação a modelos sustentáveis se tornou uma necessidade competitiva. “A grande questão, no entanto, não é apenas o que as empresas devem fazer, mas como transformar a sustentabilidade em um fator real de crescimento e diferenciação. O amadurecimento da agenda ESG trouxe maior rigor no escrutínio público e regulatório, tornando ineficazes discursos vazios. Hoje, negócios que incorporam práticas sustentáveis de forma concreta não só se destacam, mas conquistam novos mercados e investidores”, destaca Lucca Mendes, mestre em liderança de escritórios de advocacia e especialista em gestão de negócios. Os números das COPs anteriores mostram que o setor privado já entendeu essa transformação. Na COP26, realizada em Glasgow, na Escócia, mais de 450 instituições financeiras, representando US$ 130 trilhões em ativos, se comprometeram com metas de neutralidade de carbono. Já na COP27, no Egito, empresas de setores-chave—como energia, transporte e alimentos—ampliaram compromissos de descarbonização e pressionaram governos por políticas mais ambiciosas. “Na Amazônia, diversos exemplos comprovam essa viabilidade. Empresas que mantêm a floresta em pé e fazem disso um diferencial competitivo mostram como ciência, tecnologia e impacto social podem gerar produtos e serviços de alto valor agregado”, lembra Lucca. O especialista acredita que a COP30 será um marco para essa transformação, já que representa um momento decisivo para que empresas estruturem planos de adaptação e incorporem a bioeconomia como um pilar estratégico. “Encarar a sustentabilidade apenas como um custo ou uma exigência regulatória é um erro. O desafio está em construir modelos de negócio resilientes, que unam retorno financeiro e externalidades positivas”, conclui Lucca. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ROBERTA PEDROSA BONI NÓBREGA
[email protected]