Gylwander Peres é Bacharel em Administração com Habilitação em Comércio Exterior, Cientista Político com Especialização em Instituições e Processos Politicos do Legislativo e em Administração Públicas. Durante 35 anos atuou nos bastidores da política como assessor parlamentar na Câmara dos Deputados. Teve uma rápida passagem pelo Poder Executivo e com toda essa experiência iniciou aos 53 anos uma nova empreitada na iniciativa privada. Ceo da Ethe Energia ele nos fala nessa entrevista sobre política, negócios e futuro.
1. Dos bastidores da política para a iniciativa privada, esse seria um resumo de sua trajetória, que é bem interessante. Como o senhor define essa guinada? G: Um ato de coragem, muita coragem, pois foi uma mudança brusca, né? Coragem me define, posso dizer assim. Gosto de desafios e estou sempre pronto para novos começos.
2. Como o senhor conceituaria o atual momento politico que vivemos? G: Vivemos um período extremamente complexo, extremamente complexo, acredito que o mais difícil desde que nós saímos da Ditadura Militar, desde o início do processo de transição democrática. Trata-se de um momento em que as coisas estão muito enfumaçadas, esquisitas, obscuras. Há muitas mudanças em curso e é um momento de radicalização, de muita radicalização e de muito ódio. Tudo isso tem se traduzido em uma guerra polarizada, em um binarismo que emburrece a sociedade e a idiotiza.
3. Tens conciliado a Ciência Politica com a função de Ceo de uma empresa privada, como fazer essa movimentação? G : Digo sempre que cumpro a minha função existencial, a minha missão exercendo a ciência politica nesses dias turvos que vivemos. Faço palestras em universidades, milito em uma ong de educação política, faço análises políticas para a TV com o objetivo de dar a minha contribuição para o meu país, para a nossa juventude através da conscientização política, tão necessária neste momento. Me realizo com esse trabalho voluntário, sem objetivos financeiros. Já no exercício da presidente de uma empresa privada eu dou o melhor de mim para gerar riquezas, impostos, empregos.
4. Como o senhor vê o atual momento energedo país? G : o Brasil, por ocupar com sua matriz elétrica majoritariamente renovável uma posição de liderança global, especialmente no que diz respeito à energia hídrica, é estratégico para que o planeta alcance o objetivo de dobrar a eficiência energética e triplicar a capacidade de fontes renováveis como solar, eólica e hídrica. Temos capacidade de impulsionar o setor com um acréscimo de mais de nove gigawatts de energias renováveis em sua matriz.
5. E as PCH’s ? Que é hoje a sua área de atuação? Quais as perspectivas para o setor? G: A energia hidrelétrica é a maior fonte de energia hoje no Brasil, sendo responsáve como fonte geradora, de aproximadamente 80% da energia gerada no Brasil. As Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e as Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGHs) são empreendimentos de baixo impacto ambiental, sendo assim de grande importância para o meio ambiente, uma vez que protegem as margens dos rios contra erosão e fazem o uso múltiplo das águas para irrigação, pscicultura, lazer e abastecimento para o município. Além de que a energia gerada por PCHs e CGHs são a forma mais efetiva de reduzir as tarifas da conta de luz dos consumidores e a menos poluente entre toda a cadeia de geração e também a mais limpa entre as outras fontes renováveis. Trata-se de um mercado em grande crescimento.
6. Para encerrar como é sair do serviço público após 35 anos e iniciar uma carreira na iniciativa privada? G: Como falei no inicio da entrevista, trata-se de um ato de coragem. Sempre foi meu projeto de vida empreender, está em minhas veias, sou de ação, de fazer. Gosto disso. Digo sempre que o serviço público, o Legislativo, foi minha grande escola. Lá aprendi a lidar com pessoas, a liderar em espaços complexos, a fazer bem feito o técnico em ambientes politizados. Foi uma grande universidade. Agora os desafios são outros e estou muito feliz com esse momento que a vida me trouxe. Agora é trabalho e trabalho.
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ALESSANDRA CRISTINA DA SILVA
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