Quando falamos em má gestão dentro de uma empresa, a maior consequência costuma ser a perda de lucro. Mas se aplicarmos essa mesma lógica a um hospital, por exemplo, o impacto é muito mais grave, pois vidas humanas podem estar sendo colocadas em risco. Embora essa realidade seja amplamente reconhecida, há um fato ainda mais inquietante quando adoecemos. Desde 2016, discute-se o chamado “Efeito Fim de Semana”, fenômeno identificado por estudos que apontam um aumento na taxa de mortalidade hospitalar aos sábados e domingos. A principal causa? A redução de recursos e equipes médicas nas unidades de emergência nesses dias.
Nesse sentido, a gestão eficiente dos recursos humanos nos hospitais é fundamental para garantir a segurança e a qualidade do atendimento aos pacientes. Idealmente, o tratamento oferecido aos sábados e domingos deveria ser equivalente ao prestado durante a semana. No entanto, muitas unidades de saúde enfrentam uma distribuição inadequada de profissionais ao longo da semana, resultando em falhas significativas no atendimento. Isto, sem dúvida alguma, compromete a capacidade de resposta do hospital, resultando em um atendimento mais lento e, em alguns casos, no agravamento do quadro clínico dos pacientes.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), haverá um déficit global de aproximadamente 15 milhões de profissionais de saúde até 2030, tornando essencial a otimização dos recursos humanos disponíveis. Também de acordo com ela, até 2035, o mundo poderá enfrentar um déficit de 12,9 milhões de profissionais de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e parteiras.
Para dirimir esta questão, as ferramentas de Workforce Management (WFM) podem contribuir decisivamente para resolver esse problema. Com a implementação de processos que facilitam a comunicação entre a chefia e os colaboradores, proporcionando maior equilíbrio entre vida profissional e pessoal, estabelecendo horários equitativos, essas ferramentas impactam diretamente na distribuição eficaz dos turnos, resultando em menor absenteísmo e o aumento dos níveis de serviço. Dessa forma, é possível assegurar que, independentemente do dia da semana, a equipe disponível seja suficiente para atender à demanda, oferecendo a melhor assistência possível aos pacientes.
Além disso, o WFM melhora a qualidade de vida dos profissionais de saúde, evitando sobrecargas de trabalho desnecessárias e permitindo horários mais justos. Isso reduz o estresse e a exaustão da equipe, fatores que influenciam diretamente a qualidade do atendimento prestado aos pacientes.
Investir em ferramentas de WFM nos hospitais não é apenas uma questão de eficiência administrativa, mas uma necessidade urgente para salvar vidas. A tecnologia deve ser utilizada para garantir que todas as pessoas que entram em um hospital, especialmente nos momentos mais críticos, sejam atendidas no momento certo, pelos profissionais com as competências adequadas e com a melhor qualidade de atendimento possível. Apenas assim conseguiremos eliminar as falhas do sistema e oferecer um serviço digno e seguro a todos os pacientes, todos os dias da semana.
* José Pedro Fernandes é vice-Presidente da SISQUAL® WFM .
Sobre a SISQUAL WFM
A SISQUAL® WFM é uma empresa tecnológica especializada num único produto, o Workforce Management (WFM). Fundada em 1992 no Porto, é uma das principais soluções de RH para o setor do retalho e da saúde a nível mundial. A SISQUAL® WFM está empenhada em ajudar as empresas a melhorar a produtividade e a qualidade de vida dos seus colaboradores, cumprindo a legislação laboral local e a cultura interna.
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ISABELLE ALEGRO MALTA BONIZZI
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