A polêmica é enorme e dependendo da fonte de informação é difícil chegar a uma conclusão. No entanto, os indícios dos males à saúde são muitos, então é bom estar alerta!
O que é a rede 5G?
É uma rede de comunicação sem fios, de velocidade hiper-rápida ou, como foi chamada, uma evolução em esteroides da rede 4G. Mas enquanto a rede 4G usa menos de 6 giga-hertz (GHz) no espectro de radiofrequência, o 5G ocupará de 30 GHz a 300 GHz, que são comprimentos de onda mais curtos, milimétricos, semelhantes às ondas dos micro-ondas. Estas instalações sem fios são uma fonte perpétua de poluição eletromagnética que pulsa continuamente energia eletromagnética artificial no ambiente, alterando completamente o estado eletromagnético natural da Terra.
Todas as formas de vida são, até certo ponto, sensíveis à propagação desses campos eletromagnéticos oscilantes, e estudiosos já associaram o dramático declínio na população de insetos, nos últimos 40 anos, às radiações de radiofrequência.
Principalmente os insetos dependem de ambientes eletromagnéticos bem ajustados para realizar e sustentar as funções e processos essenciais à sobrevivência deles. Mudanças drásticas no ambiente em que evoluíram e se adaptaram, ao longo de centenas de milhões de anos, podem afetar diretamente a saúde e a sobrevivência dessas populações.
Muitas espécies de insetos usam a magneto recepção – a capacidade de detectar campos eletromagnéticos – para migração, acasalamento, busca de alimento, localização, construção de ninhos e vários outros processos. Os insetos desempenham um papel vital na manutenção da vida e da saúde planetária. Os níveis cada vez maiores de exposição ambiental à radiofrequência podem representar implicações complexas e sistêmicas para a Terra, incluindo ameaças graves à biodiversidade, aos sistemas alimentares e à nossa própria existência.
A partir da pandemia da COVID-19, com um maior número de pessoas trabalhando remotamente, surgiu a grande oportunidade para que as redes de comunicação fossem implementadas sem grandes alardes ou mesmo com a ciência pública das possíveis implicações para a vida, apesar da preocupação de muitos experts e estudiosos, mostrando o impacto das ondas milimétricas em insetos, animais e plantas, e esses perigos estão bem documentados.
De acordo com o médico americano, Dr. Joseph Mercola, e livro sobre a influência dos Campos de Energia Eletromagnética na saúde dos seres humanos, ele afirma que ocorre uma massiva disfunção mitocondrial, ou seja, sérios danos são causados às células produtoras de energia – as mitocôndrias. Quanto menos mitocôndrias temos e quanto mais disfuncionais elas são, mais rápido envelhecemos e mais propenso estamos às doenças crônico-degenerativas. Ao induzir a disfunção mitocondrial, o nosso mundo sem fios pode, muito bem, nos levar a uma morte prematura – afirma o médico. Pior de tudo, imagine você morando num prédio residencial ou dormindo com a cabeça abaixo de onde essas antenas foram instaladas!
A rápida proliferação dessas redes levou a um aumento sem precedentes nos níveis de radiação de rádiofrequência – um quintilhão (1.018) vezes, valor astronômico em relação aos níveis naturais existentes.
Portanto, os problemas não se restringem apenas à saúde humana ou animal, mas ao ecossistema como um todo.
Quem mora nas grandes cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e outras, já está sob forte influência das radiações de radiofrequência, pois as cidades têm expandido ativamente a infraestrutura 5G, com inúmeras torres de celular e antenas instaladas em toda parte para melhorar a conectividade. No entanto, muitos defendem a idéia de que não precisamos da super hipervelocidade das redes 5G, que, aparentemente, trazem uma grande ameaça à saúde do planeta.
Algumas dicas de como se proteger
• Identifique as principais fontes de corrente eletromagnética em sua casa, como telefone celular, telefones sem fio, roteadores Wi-Fi, fones de ouvido Bluetooth, mouses sem fio, teclados, babás eletrônicas, micro-ondas etc. O ideal é abordar cada fonte e determinar a melhor forma de limitar o uso.
• Exceto em caso de emergência com risco de vida, as crianças não devem usar celular ou dispositivo sem fio de qualquer tipo. Pois elas são muito mais vulneráveis à radiação dos celulares do que os adultos, devido ao fato de terem ossos do crânio mais finos e em desenvolvimento dos sistemas imunológicos e cerebrais.
• Conecte seu computador desktop à Internet por meio de uma conexão Ethernet com fio, e certifique-se de colocar seu desktop no modo avião. Evite também teclados sem fio, trackballs, mouses, sistemas de jogos, impressoras e telefones domésticos portáteis. Opte pelas versões com fio.
• Se você precisar usar o Wi-Fi, desligue-o quando não estiver em uso, especialmente à noite, quando estiver dormindo.
• Use um despertador alimentado por bateria, de preferência um sem luz.
• Se você ainda usa forno de micro-ondas, considere substituí-lo por um forno de convecção a vapor, que aquecerá seus alimentos com mais rapidez e segurança ou o velho método de aquecer os alimentos, use uma panela!
• Considere mudar a cama do seu bebê para o seu quarto em vez de usar uma babá eletrônica sem fio. Como alternativa, use um monitor com fio.
• Evite carregar o celular no corpo, a menos que esteja no modo avião, e nunca durma com ele no quarto, a menos que esteja no modo avião. Mesmo no modo avião ele pode emitir sinais, então talvez prefira usar a Faraday Bag para telefones.
• Ao usar seu celular, use o viva-voz e segure o telefone a pelo menos um metro de distância de você. Procure diminuir radicalmente o seu tempo no celular. Em vez disso, use telefones com software VoIP que você pode usar enquanto estiver conectado à Internet por meio de uma conexão com fio.
• Evite usar o celular e outros dispositivos eletrônicos pelo menos uma hora antes de dormir, pois a luz azul da tela e as emissões eletromagnéticas inibem a produção de melatonina. Se você precisar usar o telefone, certifique-se de ativar os filtros de luz azul e colocá-lo no modo escuro.
É claro que todos os passos indicados acima podem parecer difíceis ou mesmo impossíveis de serem implementados. Mas com paciência e dedicação, dependendo da sua necessidade, são possíveis de serem feitos. Afinal, é a nossa saúde que está em jogo!
por Florence Rei, formada em Química pela Oswaldo Cruz em São Paulo, graduada pela Faculdade de Medicina OSEC em Biologia e formada em Microscopia Eletrônica. Atualmente vive na Flórida (USA) e desde 2019 vem atuando como pesquisadora independente e escritora. contato: www.florencerei.com / email: [email protected]
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DENISE MONTEIRO SANTOS
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