Por Caio Queiroz
Será que a sustentabilidade traz felicidade na prática? Vamos analisar um cenário onde você mora em uma casa organizada e limpa, isso pode fazer você se sentir bem, já que, com tudo organizado, fica mais fácil de realizar as tarefas do dia a dia. Consequentemente, quem tem uma rotina mais organizada e equilibrada, tem uma mente mais tranquila: menos ansiosa e estressada e com mais qualidade.
O que é bem diferente de chegar em uma casa em que os cômodos estão todos bagunçados: pia cheia de louça, roupas sujas jogadas, enfim, tudo isso traz um transtorno, um aborrecimento mental que, consequentemente, faz mal para a mente e para o espírito. Quanto mais você organiza tudo, melhor será sua mente e espírito. E isso é sustentabilidade: reequilibrar todas as áreas da sua vida.
Quando iniciam-se essas mudanças e essa busca pelo equilíbrio - tanto dentro da própria casa, quanto internamente, em seu espírito - você mobiliza as pessoas que estão ao seu redor, como família, amigos, a vizinhança, que forma toda uma rede, uma teia mais sustentável e equilibrada. Ao tecer essa teia da sustentabilidade, no médio e longo prazo, colhem-se os impactos positivos que essa mobilização e esse efeito dominó trazem.
Apesar de na teoria ser simples, há alguns desafios para implementar na prática. O primeiro deles que destaco é o cultural. Ao comparecer nas empresas para trazer informações e ações sobre a separação do lixo orgânico para o reciclável, sempre trazendo inovação, os colaboradores achavam uma tarefa chata e morosa. Eu trago aqui como certo tipo de comodismo e de preguiça inicialmente, mas isso são hábitos que vão sendo adotados no dia a dia e depois que insere o hábito diariamente, ele se transforma em uma tarefa automática.
Além disso, durante anos, algumas empresas ignoram práticas ambientais corretas, e optam por alternativas mais baratas e de curto prazo, como descartar resíduos de maneira inadequada. Embora tais ações sejam mais econômicas no início, esse comportamento resulta em sérios problemas ambientais e financeiros em longo prazo.
Implementar programas de coleta seletiva, apesar dos custos iniciais, é um investimento primordial para a sustentabilidade. Isso porque empresas que adotam a cultura da sustentabilidade percebem os impactos positivos: não apenas para o meio ambiente, mas também para a reputação e o bem-estar de toda uma cadeia.
Felicidade: Como alinhá-la com o ritmo de vida acelerado?
O ritmo acelerado, principalmente de grandes cidades como São Paulo, focado na busca incessante por dinheiro traz estresse e ansiedade, prejudicando a qualidade de vida, mas ações que promovem equilíbrio e bem-estar podem mudar esse cenário.
Uma lição que apresento aqui vem do Butão, país em que o foco principal está em promover a paz interior, mesmo em meio a rotinas intensas. Assim como os pilotos de Fórmula 1, que conseguem permanecer calmos ao serem entrevistados após uma corrida em alta velocidade, é possível realizar tarefas de forma eficiente mantendo a tranquilidade por meio do equilíbrio.
A sustentabilidade é a chave para tudo isso e é um dos caminhos para uma vida menos estressante, mais saudável e feliz, promovendo bem-estar tanto individual quanto coletivo.
*Caio Queiroz é CEO da Aguama Ambiental
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FERNANDA CRISTINA RIBEIRO
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