A heteroidentificação consiste na verificação de que os traços físicos dos candidatos e candidatas que se autodeclaram pretos ou pardos correspondem aos de pessoas negras. O processo serve para que se garanta que as vagas reservadas a essa parcela sejam de fato ocupadas por negros e negras, evitando quem não tem direito se beneficie da política afirmativa.
A Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Rio de Janeiro recebeu relatos de candidatos que apontaram falta de clareza e dificuldades no acesso às orientações dadas sobre a convocação. "O link de acesso à convocação na área do candidato era o mesmo utilizado para comunicar os resultados de recursos contra a prova discursiva, o que gerou confusão e levou à ausência involuntária de diversos candidatos no procedimento", acrescentou o MPF.
Na mensagem, o MPF destaca, ainda, que o MGI publicou um edital, especificamente para divulgar a retomada do processo de heteroidentificação. Além disso, a pasta também entrou em contato diretamente com os convocados, via área do candidato, no site da Fundação Cesgranrio, e na página oficial do concurso, além dos demais meios de comunicação usados pela banca, a partir das informações cadastradas pelos candidatos.
O CNU registrou 2.114.145 inscrições. Os candidatos concorrem a 6.640 vagas, separadas em oito blocos temáticos. A previsão é de que o resultado final seja divulgado no dia 11 de fevereiro.