09/12/2024 às 12h26min - Atualizada em 10/12/2024 às 08h02min

O papel do orientador educacional: o coração da escola

KASANE COMUNICAÇÃO
Divulgação / Colégio Integrado
No Brasil, cerca de 47,3 milhões de estudantes estão distribuídos por 178,5 mil escolas públicas e privadas, segundo o Censo Escolar 2023. O mês de dezembro é uma oportunidade para refletirmos sobre a importância do orientador educacional, profissional que vai além da orientação acadêmica, sendo essencial para o desenvolvimento integral dos alunos.

Nos primeiros anos da educação, o aluno conta com um único professor regente, que cria vínculos estreitos. Porém, no ensino fundamental e médio, com a multiplicação de professores, ele perde essa figura de referência. O orientador entra nesse momento, acompanhando de forma contínua, ajudando-o a reconhecer suas habilidades e a lidar com desafios, tanto acadêmicos quanto pessoais.

Sua atuação vai além da sala de aula, comparando-se a um médico de confiança, que conhece a fundo a história do paciente e sabe o que ele precisa. O orientador educacional, assim como o médico, compreende as dificuldades do aluno, seus contextos familiares e sociais, e oferece a orientação necessária para seu crescimento. Ele é o elo que mantém a escola conectada aos sonhos dos alunos. Enquanto a coordenação e a direção possuem funções mais administrativas, ele está no centro do processo educacional, atendendo às necessidades emocionais e psicológicas dos alunos, fundamentais para seu sucesso.

No entanto, conquistar a confiança dos estudantes é um grande desafio, especialmente quando é necessário repreendê-los ou alertá-los sobre o desempenho acadêmico. E é por isso que, entre as habilidades mais importantes de um orientador está a escuta ativa. Para orientar, é preciso primeiro entender. Isso exige empatia, atenção ao que motiva cada aluno e o acompanhamento constante de suas necessidades. Além disso, deve-se estar sempre atualizado, compreendendo os anseios da geração que orienta.

Para ilustrar o poder transformador da orientação, compartilho uma história de um aluno do nosso colégio que, após um comentário desmotivador de um familiar, quase desistiu de seus sonhos. O nosso orientador acreditou em seu potencial e, com sua intervenção, traçou um plano de estudos, com acompanhamento contínuo. O resultado foi a aprovação do aluno no vestibular de medicina, superando todas as dificuldades. Um feito que emocionou tanto o aluno quanto o profissional, que foi o primeiro a ser abraçado na vitória.

Embora a valorização da educação seja fundamental, o reconhecimento público do trabalho dos orientadores ainda precisa ser ampliado. Eles desempenham uma função essencial, que exige dedicação, empatia e atualização constante. Celebrar o mês do orientador educacional é, portanto, reconhecer o impacto desse profissional no processo de formação de cada estudante, acompanhando seus sonhos, desafios e conquistas com carinho e profissionalismo.


Felipe Cavichiolo é diretor e professor do Colégio Integrado

 

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CAROLINA OLIVEIRA DE ASSIS
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