IPA amplia preservação com readequação de coleções científicas em SP

19/11/2024 08h39 - Atualizado há 4 meses

O Instituto de Pesquisas Ambientais (IPA), vinculado à Secretaria de Meio Ambiente de São Paulo, está readequando três de suas 18 coleções científicas de relevância internacional. Localizadas no Jardim Botânico, em São Paulo, as coleções de briófitas, algas e fungos serão transferidas para um espaço maior e climatizado, garantindo a conservação de 240 mil amostras da biodiversidade brasileira e de mais de 100 países.

O acervo, que inclui exemplares históricos de até 200 anos, possui valor estimado em R$ 20 milhões e informações detalhadas sobre espécies do Brasil e do mundo. Entre os itens destacados estão plantas coletadas na época do império e musgos que cresceram na área onde hoje está a Avenida Paulista, antes de sua construção, em 1891.

As coleções funcionam como um banco de dados biológico, contribuindo para estudos sobre mudanças climáticas, preservação da biodiversidade e impacto humano no meio ambiente. Segundo o pesquisador Denílson Peralta, as novas instalações no Jardim Botânico foram planejadas para oferecer maior segurança e eficiência na preservação e pesquisa dos materiais.

A readequação recebeu investimentos de R$ 900 mil da Reserva Paulista, concessionária do Jardim Botânico, e R$ 70 mil da Fapesp. Marco Aurélio Nalon, diretor do IPA, destaca que o projeto reflete o compromisso com a ciência e a preservação ambiental, fortalecendo o papel educativo e de pesquisa do instituto.

As demais coleções do IPA permanecem distribuídas entre o Jardim Botânico e o Horto Florestal. Com mais de 630 mil amostras cadastradas, as coleções já somaram mais de 1 bilhão de acessos na plataforma SpeciesLink, ferramenta de consulta aberta ao público.