22/10/2024 às 11h58min - Atualizada em 23/10/2024 às 00h02min
Setembro apresenta alta significativa nos preços e segunda maior queda do ano no varejo alimentar
LETICIA MAIA
Pixabay Impactos climáticos impulsionam alta nos preços; efeito-calendário e retração do consumo reforçam redução nas vendas
São Paulo, outubro de 2024 - Dados do radar mensal da Scanntech, líder de inteligência para o varejo, revelam que produtos de mercearia básica registraram aumento expressivo de 14,5% nos preços em setembro deste ano comparado a 2023. Com isso, a cesta registrou uma queda de 9,5% nas vendas em unidades. Esse aumento nos preços é resultado de pressões climáticas, que impactaram itens essenciais como arroz e café. No entanto, não foi apenas a Mercearia Básica que apresentou queda nas vendas; pode-se observar também uma retração generalizada no varejo alimentar.
O mês de setembro registrou ainda um recuo de -5,1% em unidades e -5,7% em faturamento em comparação a agosto deste ano. Estes números fazem do período o segundo pior de 2024, ficando atrás apenas de abril, que sofreu com o efeito calendário da Páscoa. Os efeitos de calendário, como por exemplo ter um sábado a menos no período, dia de maior importância de vendas, impactaram diretamente no cenário, mas independente disso, setembro entregou baixas vendas, com queda de 2,1% atribuída ao consumo.
Mesmo com aumento de 5,3% no preço médio em setembro de 2024 em comparação ao mesmo mês de 2023, que ajudou a atenuar uma queda no faturamento, a retração foi sentida em diferentes cestas de produtos, regiões e canais de vendas, com mercearia básica sendo a mais afetada. Alguns setores, como pet e tabaco, conseguiram crescer em unidades vendidas, apesar da queda observada em categorias tradicionalmente resilientes, como perecíveis industrializados, bebidas e bazar.
"O aumento expressivo nos preços de produtos essenciais, somado a um consumo retraído, coloca o varejo alimentar em um cenário desafiador no mês de setembro. A alta nos preços impactando o consumo resultou em um desempenho mais fraco do faturamento em relação ao mês imediatamente anterior", comenta Priscila Ariani, Diretora de Marketing da Scanntech.
Entre as regiões do país, o Centro-Oeste registrou a menor queda em unidades vendidas, com redução de 1,9% (mas aumento de 2,3% em faturamento), enquanto o Sul apresentou a maior retração em unidades, atingindo -4,7% (+0,4% em faturamento).. O Nordeste foi a única região a apresentar retração tanto em unidades (-4,6%) quanto em faturamento (-0,7%), o aumento de preços não foi suficiente para conter a queda no faturamento
Sobre a Scanntech
Usada por 90% dos top varejistas do canal alimentar e por mais de 300 das maiores indústrias, a Scanntech segue revolucionando o modo de se usar informações de mercado. A companhia desenvolveu uma plataforma de inteligência granular, ágil e acionável, que permite a identificação das maiores oportunidades, alavancando os resultados do varejo, da indústria e dos distribuidores e aproximando os parceiros comerciais. Ao todo, analisa dados de mais de R$ 763 bilhões do faturamento do varejo brasileiro por meio de uma base robusta e granular de mais de 45 mil PDVs automaticamente, sem manipulação humana, para oferta de insights.
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LETICIA LACEVICIUS MAIA
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