04/10/2024 às 10h46min - Atualizada em 05/10/2024 às 12h02min

Jovens com até 18 anos são quase 7% dos pacientes que realizam cirurgia plástica no Brasil

Rinoplastia, otoplastia, implante de prótese e redução de mamas estão entre os procedimentos mais realizados entre os jovens

IVONE MOREIRA
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Dos quase 1,8 milhão de cirurgias plásticas realizadas no Brasil, 6,6% são feitas em pacientes com até 18 anos de idade. Os dados do último censo realizado pela SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) confirmam uma tendência que vem se tornando uma realidade nos consultórios: o número de jovens em busca de cirurgia e procedimentos estéticos é cada vez maior.
Para o cirurgião plástico Samir Eberlin, membro titular da SBCP e especialista em cirurgia plástica pela Associação Médica Brasileira, esta realidade é reflexo dos efeitos causados pelas redes sociais e do fenômeno das selfies. “Muitas vezes as redes sociais impõem um padrão de beleza irreal e inatingível, causando insatisfação e frustração entre os jovens que não conseguem lidar com essa avalanche de imagens perfeitas. E com a câmera na mão o tempo todo, as comparações entre o real e as fotos, muitas vezes manipuladas com filtros e edições, são inevitáveis”, avalia.
Rinoplastia (que altera a aparência do nariz), otoplastia (que corrige as orelhas de abano), implante de prótese de silicone e ginecomastia (remoção cirúrgica do tecido glandular e do excesso de pele nas mamas masculinas) são as cirurgias mais realizadas entre os pacientes com até 18 anos.
O especialista explica que a maioria das cirurgias plásticas é permitida a partir dos 15 anos, mas antes de recorrer à intervenção é importante considerar alguns aspectos. “O corpo do adolescente está em desenvolvimento e o ideal, no caso de cirurgias como rinoplastia, por exemplo, é aguardar o crescimento ósseo completo para evitar o risco de mudanças no resultado caso ocorra alguma modificação no rosto depois do procedimento”, explica.
No caso de redução das mamas ou implante de prótese, o recomendado é esperar o fim do desenvolvimento mamário, que costuma ocorrer de dois a três anos depois da primeira menstruação.
Entre os adolescentes, cerca de 50% dos casos de surgimento da glândula mamária ocorre no período do estirão e na maioria das vezes a regressão acontece naturalmente, depois de dois anos. Se o aumento descontrolado das mamas permanecer, a ginecomastia é um dos procedimentos indicados para remover o excesso das mamas.
Samir Eberlin lembra que é importante avaliar com um profissional todas as motivações que levaram o jovem a optar pela cirurgia, discutir prós e contras e ter consciência de que os resultados não são imediatos. “A adolescência é marcada pelo imediatismo, os jovens querem solução rápida, mas no caso de uma cirurgia plástica, é preciso compreender as etapas do processo e seguir as recomendações antes e depois do procedimento”, afirma.


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IVONE MOREIRA DA SILVA
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