Recentemente, o empreendedor Tallis Gomes, ex-CEO da G4 Educação, provocou polêmica ao afirmar 'Deus me livre mulher CEO' em uma rede social. O comentário reacendeu uma discussão importante sobre os desafios enfrentados pelas mulheres em cargos de liderança e a necessidade de mais inclusão no mundo corporativo. Após a repercussão negativa, Tallis informou que decidiu deixar o cargo de CEO da G4, que será assumido por uma mulher, Maria Isabel Antoni.
Apesar de já terem conquistado espaços importantes, muitas mulheres ainda encontram dificuldade para chegar ao topo das empresas, especialmente em setores tradicionalmente dominados por homens, como tecnologia e finanças.
“A presença feminina em posições de liderança traz resultados positivos, tanto para a empresa quanto para a sociedade, como, por exemplo, uma maior diversidade de ideias", comenta Andrea Melo, CEO da A Melo IT Governance & Security Consulting
Uma pesquisa da consultoria Vila Nova Partners mostrou que só 5% dos CEOs no Brasil são mulheres. O número representa uma alta de 1 ponto percentual em relação aos 4% de 2023. Já a nível global, somente 6% das empresas são chefiadas por mulheres. Dados são da 8ª edição da pesquisa “Women in the Boardroom”, da empresa global de consultoria e auditoria Deloitte.
Para Andrea, o grande equívoco de Tallis está em pensar que o sucesso empresarial exige a exclusão de outras dimensões da vida. “Sou mulher, mãe e administro uma empresa há mais de 16 anos. Somente nós, mulheres, sabemos como enfrentamos esse tipo de pensamento. A verdade é que não deveria haver espaço na sociedade para esse tipo de ideia. Atuo no ramo de tecnologia da informação e, com o tempo, consegui conquistar meu espaço e posicionar a A Melo como uma empresa consolidada do segmento no Brasil”.
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YNARA SANDRA FERREIRA MATTOS
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