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03/07/2024 às 05h50min - Atualizada em 04/07/2024 às 00h03min

São Paulo se prepara

Mudanças Climáticas

Renato Nalini
Domínio Público
            A emergência climática se impõe como realidade inafastável. Todos os dias acontece alguma coisa para lembrar à humanidade que o cuidado com a natureza deveria ter sido mais sério e mais eficiente. O ambiente ferido responde como sabe: com fenômenos climáticos extremos. O resultado é trágico: mortes e imensos prejuízos materiais.
            Isso faz com que a tônica dos ambientalistas mude um pouco o foco de atuação. Antes falava-se apenas em mitigação dos efeitos das mudanças. Hoje, prioriza-se a adaptação das cidades, para que as pessoas consigam enfrentar as calamidades sem perder a vida e, se possível, sem perder bens como casas, objetos colecionados durante toda a vida, carros, animais e tudo o mais que as chuvas torrenciais, ciclones e vendavais costumam levar.
            São Paulo se preparou para o enfrentamento das calamitosas chuvas e mais do que calamitosas “ondas de calor”, pois é uma cidade arquipélago das “ilhas de calor”. 2023 foi o ano mais quente em 125 mil outros. 2024 está superando 2023. E a Prefeitura fez instalar tendas de refrescamento, para servir água, frutas, medir a pressão dos hipertensos e propiciar a todos os cidadãos, nos dias de temperatura superelevada, condições de resistir sem comprometer a sua saúde.
            Mais do que isso, cerca de oito bilhões de investimento em macro e microdrenagens, limpeza de córregos, desentupimento de bueiros e bocas-de-lobo, edificação de muros de arrimo e de contenção, quase quatrocentos “jardins de chuva” e outros pequenos bosques, tudo isso com vistas a fazer com que intempéries que certamente virão, poupem vidas e causem o mínimo de transtorno aos paulistanos.
            Pensa-se em transformar os edifícios públicos, principalmente as escolas, em espaços de refrigeração ou refrescamento, para que a população mais carente possa se abrigar quando o calor não permitir que permaneçam em suas moradias, quase nunca preparadas para situações de temperatura intensa. Há uma equipe zelosa a pensar em tudo o que seja necessário para que catástrofes como aquelas que aconteceram no Rio Grande do Sul, embora inevitáveis, não provoquem a mesma desolação. 
            É São Paulo preparando-se para as emergências climáticas, na certeza de que precaução e prevenção produzem maior efeito do que a remediação. E todas as sugestões da população para aprimorar o sistema de atendimento ao povo são bem vindas.

*José Renato Nalini é Secretário-Executivo das Mudanças Climáticas de São Paulo.
 

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LUCIANA FELDMAN
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