Cada vez mais a Inteligência Artificial (IA) está presente no ambiente de trabalho. Profissionais utilizam essas ferramentas para estimular ideias, aprimorar textos, revisar projetos, montar apresentações e muitas outras tarefas. Mas já pararam para pensar que todas as informações inseridas nessas plataformas podem se tornar públicas? Eu sim e, por isso, penso que desenvolver uma ferramenta autoral é uma solução eficiente.
Em abril deste ano, a Metomic lançou o “Relatório Anual sobre o Estado da Segurança de Dados de 2025: principais prioridades, desafios e preocupações dos CISOs de hoje". Segundo a pesquisa, 68% das organizações sofreram incidentes de vazamento de dados relacionados ao uso de IA por funcionários que compartilharam informações corporativas. O estudo reuniu mais de 400 diretores de segurança da informação e líderes de segurança nos Estados Unidos e no Reino Unido.
Outra análise, conduzida pelo Business Digital Index, revelou que cinco em cada dez provedores sofreram violações de dados. Além disso, 45,4% dos alertas de dados sensíveis são enviados a partir de contas pessoais, e não pelos canais oficiais das empresas. Os pesquisadores testaram a segurança de dez dos provedores mais populares do mercado.
Esses dados comprovam a vulnerabilidade do uso de IAs sem monitoramento dentro das empresas. Com duas décadas de experiência nos ramos de CX, Growth, Vendas Digitais e Operações de BPO, compreendi que é fundamental disponibilizar essa tecnologia de forma controlada e institucionalizada.
Pense comigo: uma plataforma em que todos os colaboradores têm acesso seguro. Nela, os prompts podem ser arquivados, os recursos de pesquisa são estruturados pela própria organização e, assim, não há risco de violações de dados. É uma solução pensada para garantir segurança interna e conformidade com a LGPD, tanto em operações B2B quanto B2C.
Os stakeholders confiam nos serviços de uma empresa que protege seus dados, e essa confiança precisa ser sustentada por práticas inovadoras de segurança. O valor estratégico da confiança vai além do cumprimento da legislação. Em um cenário em que dados se tornaram um dos ativos mais valiosos das organizações, proteger informações sensíveis é também fortalecer a reputação corporativa e isso se traduz diretamente em vantagem competitiva.
Pensando em próximos passos e visão de futuro, a ferramenta autoral abre caminho para uma evolução contínua, com a possibilidade de integração a sistemas de Business Intelligence, geração de relatórios e auditorias automáticas, além de ampliar a eficiência operacional. Esse movimento está alinhado às agendas de ESG e de responsabilidade digital, temas que envolvem estratégias de negócios contemporâneas.
Em um ambiente empresarial em que riscos e oportunidades caminham lado a lado, inovar para proteger é mais do que uma necessidade, é uma estratégia de liderança. O futuro pertencerá às empresas que souberem aliar tecnologia autoral, segurança de dados e confiança de mercado.
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LAÍS BONFIM CARNELOSSO
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