Neste sábado (11), é celebrado o Dia Mundial de Cuidados Paliativos, data que chama a atenção para a importância de garantir acesso a um cuidado humanizado e contínuo a pessoas que convivem com doenças crônicas ou graves. Segundo estimativas internacionais, cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo necessitam desse tipo de assistência, que busca aliviar o sofrimento e melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de suas famílias.
No Brasil, os cuidados paliativos estão integrados à rede do Sistema Único de Saúde (SUS), com início precoce e acompanhamento multiprofissional. De acordo com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo (SMS), a abordagem é centrada na pessoa, valorizando o controle da dor, o apoio emocional e espiritual e o respeito às decisões do paciente. O atendimento começa nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que fazem a identificação dos casos e elaboram planos de cuidado individualizados.
Entre as diretrizes implementadas pela SMS, está o fortalecimento da atenção domiciliar, por meio do programa Melhor em Casa, que oferece acompanhamento contínuo a pacientes com limitações de mobilidade ou condições de saúde avançadas. O programa conta com equipes multiprofissionais que realizam visitas regulares e garantem o suporte necessário à família. Desde 2016, mais de 33 mil pessoas foram atendidas, sendo que 60% delas recebem cuidados paliativos.
A estratégia reforça uma mudança de paradigma na saúde pública, com foco no atendimento integral e na qualidade de vida, e não apenas na cura da doença. Profissionais da rede municipal também participam de capacitações e oficinas para aprimorar o acolhimento e o manejo de sintomas, promovendo uma prática mais empática e efetiva.
O tema do Dia Mundial de Cuidados Paliativos de 2025 reforça que o acesso a esse tipo de cuidado é um direito humano e deve ser garantido em todas as etapas da vida. A proposta é ampliar o debate sobre o tema, combater estigmas e incentivar políticas públicas que assegurem suporte físico, emocional e social a quem enfrenta doenças que ameaçam a vida.