Entre rodas de conversa e canções, estudantes do DF mergulham na música nordestina

Verbo Nostro
06/10/2025 12h48 - Atualizado há 3 horas

Entre rodas de conversa e canções, estudantes do DF mergulham na música nordestina
divulgação
Brasília (DF), 6 de outubro de 2025 – O cantor e compositor Marinho Lima leva às escolas públicas do Distrito Federal, em outubro, o projeto “Música Popular Nordestina nas Escolas”. Serão oito apresentações gratuitas distribuídas nos dias 8, 9, 10, 29 e 30, em instituições de São Sebastião, Paranoá, Jardim Botânico e Itapoã (ver serviço abaixo). Além dos shows, a proposta inclui rodas de conversa entre os artistas e estudantes, criando um espaço de diálogo sobre música, identidade e cultura popular.

A iniciativa tem como objetivo valorizar os compositores nordestinos, aproximar os jovens de suas raízes culturais e estimular a consciência crítica sobre a música brasileira. O repertório reúne clássicos consagrados e composições autorais.


Música e identidade
A proposta nasceu da percepção de Marinho de que, apesar da presença constante da música nordestina em rádios e festas, seus compositores raramente são reconhecidos. “As rádios tocam grandes sucessos, mas poucas vezes divulgam quem são os verdadeiros autores das músicas. A ideia é mostrar aos alunos que a música não se resume apenas à voz do intérprete”, explica.
O músico destaca também sua própria ligação com a temática. “Eu tinha intenção de falar e apresentar os compositores para os alunos, aliado à minha regionalidade”, comenta. Para ele, a música nordestina extrapola rótulos. “Ela tem uma relevância enorme para a música popular brasileira e é a base de vários gêneros que ganharam o país”.

O repertório mescla obras autorais e clássicos. “Decidi incluir apenas uma música minha, quase inédita. O restante são canções consagradas que os alunos já conhecem, mas muitas vezes não sabem quem compôs”, conta. Entre os nomes presentes estão Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Alceu Valença, Djavan, Chico César, Fausto Nilo, Patativa do Assaré, Raimundo Fagner, Vital Farias e Moraes Moreira. 

Da websérie ao palco das escolas
O projeto nasceu durante a pandemia, no formato de websérie. “Gravamos oito vídeos em um teatro vazio e disponibilizamos na internet. O resultado foi surpreendente, com muitos acessos. Mas desde o início o objetivo era estar dentro das escolas”, recorda.
A versão digital alcançou mais de 100 mil pessoas, consolidando um legado cultural e ampliando o alcance da proposta. Agora, com a retomada presencial, a experiência ganha outra dimensão. “As escolas ficaram entusiasmadas quando apresentei o projeto. Cada apresentação será um momento de troca 

Formação crítica e inclusão social
Mais do que apresentações musicais, o projeto “Música Popular Nordestina nas Escolas” busca formar plateia e estimular reflexão. “Não é fácil, porque os jovens estão expostos a uma enxurrada de músicas. Mas nosso objetivo é despertar a consciência deles, mostrar que é preciso ouvir também com a alma, não só com os ouvidos”, destaca.

As rodas de conversa ampliam essa experiência, incentivando os estudantes a enxergar a música também como possibilidade profissional. “Queremos mostrar que a arte pode ser uma forma de inclusão social e um caminho profissional para aqueles que se encantarem pelo processo”, completa.

Estrutura artística
No palco das escolas, Marinho será acompanhado por uma banda formada por Márcio Bezerra (clarineta, flauta e sax), José Cabrera (teclado), Nelson Latif (contrabaixo e violão de 7 cordas) e Ytto Morais (percussão). Cada espetáculo terá até 60 minutos de duração, com cerca de oito músicas, além de espaço dedicado à interação com os estudantes.

Legado cultural
Mais do que um projeto artístico, a ação reforça a importância de preservar e divulgar obras populares nordestinas e seus criadores, democratizando o acesso a espetáculos de qualidade. “Quero que os alunos guardem o aprendizado, que percebam que existe muito mais além do que toca no rádio. Se conseguirmos deixar essa semente, já terá valido a pena”, conclui Marinho.
 
Do xote ao rock: a identidade musical de Marinho Lima
Cantor, compositor, violonista e produtor cultural, Marinho Lima acumula três décadas de carreira e mais de 35 anos de intimidade com a música. Piauiense de origem e brasiliense por formação, ele carrega na sonoridade tanto a herança familiar — herdada do pai, também músico — quanto a efervescência cultural da capital federal, onde cresceu desde os 10 anos.

A primeira certeza de que seguiria a música veio ainda nos festivais dos anos 1980. Desde então, construiu uma trajetória que passeia do xote ao rock, passando por samba, pagode e pela influência de nomes como Fagner, Djavan, Oswaldo Montenegro e Geraldo Azevedo. Em sua discografia, soma dois CDs e dois DVDs autorais, além de inúmeras produções musicais. 

Sobre músicos da banda:
Nelson Latif (contrabaixo e violão de sete cordas)
Com o cavaquinho e o violão acústico, Nelson Latif formou sua identidade musical na lendária cena jazzística de São Paulo dos anos 1980. Com raízes no Choro e no Jazz, Latif funde estilos brasileiros e uma técnica de violão clássico com diversas influências musicais. Em seu fraseado melódico, ouve-se bebop e síncopes brasileiras. Como promotor cultural, tem coordenado projetos educacionais para universidades e instituições culturais ao redor do mundo. 

Márcio Bezerra (clarineta, flauta e sax)
É músico e multi-instrumentista de Brasília, com atuação destacada na clarineta, flauta e saxofone. Com trajetória marcada pela versatilidade, transita entre o erudito e o popular, explorando repertórios que vão da música de concerto às linguagens do choro, do samba e do jazz. Participou de diversos projetos da cena cultural brasiliense, colaborando com grupos e artistas que valorizam tanto a tradição quanto a experimentação sonora. Seu trabalho combina apuro técnico, sensibilidade artística e dedicação à difusão da música como forma de identidade e diálogo cultural.

 José Cabrera (teclado)
é pianista e tecladista radicado em Brasília, com atuação expressiva na música popular e instrumental brasileira. Com sólida formação musical, desenvolveu carreira marcada pela versatilidade, transitando do samba-jazz ao choro, além de dialogar com influências do jazz contemporâneo. Participou de diferentes projetos coletivos e acompanhou artistas da cena cultural do Distrito Federal, destacando-se pela criatividade nos arranjos e pela capacidade de fundir tradição e modernidade no teclado.

Ytto Morais (percussão)
É percussionista de Brasília, com atuação voltada para a música popular brasileira e para a pesquisa de ritmos tradicionais. Sua linguagem combina raízes nordestinas, afro-brasileiras e influências contemporâneas, resultando em uma sonoridade versátil e criativa. Ao longo da carreira, integrou projetos culturais e musicais no Distrito Federal, colaborando com artistas de diferentes estilos e reforçando a percussão como elemento central de identidade e expressão artística.

Serviço:
08/10 – CED Darcy Ribeiro (Paranoá)

Local: Quadra 31 Conjunto F, Área Especial - Paranoá 
Horário: 8h40

09/10 – CEM 01 (São Sebastião)
Local: Q. 203 - St. Residencial Oeste - São Sebastião
Horário:  10h e 15h20
                    
10/10 – CED São Francisco (São Sebastião)
Local: Quadra 17, Lote 100 - São Francisco – São Sebastião
Horário: 11h e 13h

29/10 – CED Jardins Mangueiral (Jardim Botânico)
Local: PA 02, Lote 06, Jardins Mangueiral - Bairro Jardim Botânico
Horário: 11h
   
29/10 – Escola Técnica Leste (CEP-ETL) (Paranoá)
Local: Quadra 1, Conjunto A, na Área Especial 1 do Paranoá,
Horário: 17h 

30/10 – CED 01 (Itapoã) (Colégio Cívico Militar)
Local: Paranoá Rodov. DF 250 – Km 2,5 – Chácara nº 03 – Sítio Rosas – Região dos Lagos  
Horário: 9h
 
Instagram
https://www.instagram.com/marinholima25/

Facebook
https://www.facebook.com/marinho.lima.75

YouTube  
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VALTER JOSSI WAGNER
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FONTE: https://www.instagram.com/verbonostro/
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