Geração Z deu errado? Ou será que os líderes estão despreparados?

Líderes pressionam, cobram disponibilidade total e culpam a geração Z, sem perceber que o erro está na própria abordagem.

Bendita Letra
01/10/2025 10h12 - Atualizado há 2 horas

Geração Z deu errado? Ou será que os líderes estão despreparados?
Arquivo Pessoal/Divulgação

A presença da Geração Z no mercado de trabalho tem provocado debates intensos dentro das empresas. Muitos líderes apontam esses jovens como “difíceis de lidar”, “pouco comprometidos” ou “exigentes demais”. Enquanto uns os veem como profissionais sem paciência para hierarquias e que não aceitam ordens sem questionar, outros os consideram mais conscientes e atentos à saúde mental e ao propósito no trabalho. No meio dessa discussão, surge uma questão essencial: será que a Geração Z realmente “deu errado” ou são os líderes que ainda não aprenderam a lidar com ela?

Quem traz essa reflexão é Edith Cardoso, CEO da Arhea51, especialista em Gestão Estratégica de Pessoas, liderança e analista comportamental. Para ela, o equívoco não está no comportamento da Geração Z, mas sim na postura de muitos líderes, que insistem em modelos de gestão ultrapassados. “Os líderes estão pressionando, cobrando disponibilidade total e rotulando a Geração Z como frágil. Mas a verdade é que não é a geração que deu errado, e sim a abordagem que está ultrapassada”, destaca.

Segundo a especialista, essa geração cresceu em um mundo de rápidas transformações, no qual a informação é abundante e o senso de propósito tem enorme peso nas decisões profissionais. Por isso, não faz sentido exigir que jovens de 20 e poucos anos tenham o mesmo perfil de dedicação incondicional que se esperava em décadas passadas.

“Não adianta querer que eles reproduzam modelos de trabalho que já não cabem no presente. Hoje, o equilíbrio entre vida pessoal e profissional é prioridade. Se os líderes não entenderem isso, vão perder talentos e, pior, continuar culpando a geração errada”, alerta.

Para Edith, o caminho não está em criticar os jovens, mas em preparar líderes para uma nova realidade. “É preciso abandonar a lógica da cobrança pela cobrança e desenvolver uma liderança capaz de inspirar, conectar e gerar resultados sustentáveis. Quem ainda insiste em romantizar a exaustão como sinônimo de produtividade, está preso a um mito que já não funciona”, conclui.

Acompanhe o trabalho da Edith Cardoso no Instagram: @euedithcardoso
 


 

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MARIA JULIA HENRIQUES NASCIMENTO
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FONTE: Edith Cardoso — CEO da Arhea51 | Especialista em Gestão Estratégica de Pessoas e liderança | Analista Comportamental
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