Setembro, 2025 – Uma grande operação realizada pela Polícia Civil, em agosto passado, desarticulou uma quadrilha especializada em roubos a condomínios de luxo em São Paulo e em diversas outras cidades do Estado. Na ocasião, foram cumpridos 51 mandados de busca e apreensão e outros 17 de prisão na capital paulista e em Diadema, Cotia, Jundiaí, Guarulhos e Osasco. Quinze suspeitos foram presos quando essa ação foi deflagrada, sendo que duas dessas pessoas já eram consideradas foragidas da Justiça. Esse último fato evidenciou a importância de os administradores de conjuntos residenciais promoverem investimentos constantes em alta segurança e também demonstrou como a legislação, de uma forma geral no Brasil, é branda contra diversos crimes e acaba indiretamente incentivando os bandidos a acreditarem na impunidade.
Esse sentimento foi escancarado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, ao comemorar o sucesso da ação policial implementada no mês passado. “Uma quadrilha que atuava em roubos a condomínios na capital foi presa graças a um trabalho de inteligência da nossa Polícia Civil. Para surpresa de ninguém, todos os 15 criminosos (presos) são reincidentes. Enquanto as leis não forem mudadas, seguiremos prendendo os mesmos bandidos 10, 15 ou até 30 vezes se for preciso. O crime não vai vencer o Estado de São Paulo”, disse o chefe do governo paulista em postagem nas suas redes sociais.
Ao analisar esse cenário, Marco Barbosa, diretor da unidade brasileira da Came, empresa que é líder mundial em produtos de controle de acesso no mercado de segurança, destaca que a ineficiência das leis atuais contra os criminosos colabora de maneira importante para que delinquentes fiquem impunes em diversos casos. “Essa é uma tríade complexa, na qual a gente vê a segurança pública tentando combater o crime de um lado enquanto, em outras duas vertentes, há os processos em andamento com os meliantes e o sistema judiciário julgando os casos em uma legislação cheio de brechas e que, por muitas vezes, é permissiva, leniente e aplicada de forma demorada”, ressalta.
Essa sensação de impunidade continua presente no dia a dia da maior parte da população brasileira, mesmo com os investimentos governamentais crescentes realizados com o objetivo de combater a criminalidade e oferecer maior proteção aos cidadãos. Em 2024, os gastos com segurança pública no Brasil somaram R$ 153 bilhões, um aumento de 6,1% em relação ao valor investido em 2023 neste segmento. E na divisão dos valores que totalizaram esse enorme montante, a União foi responsável por R$ 21 bilhões no ano passado, sendo que as despesas deste órgão federal refletiram em uma expressiva elevação de 224,4% nas quantias destinadas à defesa civil em comparação com o mesmo período anterior de 12 meses em solo nacional. Esses dados foram revelados na 19ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgada em julho.
Como diretor-geral da filial nacional da companhia de origem italiana que está presente em mais de 20 países e figura no mercado mundial há mais de 50 anos, Barbosa enfatiza a importância de os investimentos em alta segurança serem feitos preventivamente e com frequência não só nos condomínios residenciais, mas também nos conjuntos empresariais e logísticos. “É fundamental a utilização de equipamentos e a implementação de projetos que reforcem os sistemas de proteção e ajudem a antecipar possíveis problemas com os criminosos. Temos tecnologias para isso e, ao aliar as ferramentas modernas ao treinamento da parte humana na operação dos dispositivos, podemos antever e impedir delitos contra esses locais”, pondera o diretor da Came do Brasil.
“Temos visto que os administradores de galpões industriais e de centros logísticos estão fazendo investimentos grandes em alta segurança para evitar esse tipo de situação. Esse movimento também vem ocorrendo em condomínios residenciais, mas muitas vezes apenas depois da ocorrência de crimes nestes conjuntos habitacionais. Isso precisa acontecer de forma preventiva e contínua, pois as tecnologias ficam obsoletas rapidamente. E, se os locais não atualizarem os seus sistemas de segurança com novos dispositivos, dentro do curto ou médio prazo, ficarão vulneráveis porque os criminosos estão sempre buscando novas maneiras de superar os esquemas de proteção”, completa Barbosa.
Bollards cada vez mais comuns em condomínios residenciais
O especialista em segurança também enfatiza que vem aumentando o número de condomínios residenciais investindo em equipamentos de alta proteção, que antes não eram procurados para esse perfil de local. Entre esses produtos estão os bollards, barreiras de acionamento remoto capazes de segurar o impacto de veículos e servem para impedir invasões ou fugas de bandidos. Barbosa explica que este modelo de dispositivo, normalmente utilizado em outros países para coibir ações de terroristas, anteriormente enfrentava rejeição pelo seu próprio layout e porque não era comum em complexos que abrigam casas ou prédios.
“Na Came, nós temos percebido uma solicitação cada vez maior pelos bollards em condomínios. Embora tenham um apelo de resistência e proteção muito grande contra tentativas de evasão ou invasão e sejam mais habituais em condomínios logísticos e empresariais ou à frente de edificações de governos ou patrimônios públicos que requerem maior proteção preventiva, os bollards são muito importantes e podem ficar abaixados no solo. E serem acionados mais no período noturno. Esses dispositivos ajudam a tornar mais robustos os sistemas dos conjuntos residenciais, sendo que muitos deles já contam com cancelas de alta segurança, também preparadas para segurar o impacto de veículos guiados por criminosos que tentarem atravessar esses obstáculos”, revela Barbosa.
Diante do cenário de violência enfrentado no Brasil, a Came também continua aumentando, ano após ano, as suas vendas de produtos e projetos com equipamentos de alta segurança no país. O diretor da unidade nacional da empresa destaca que a expansão no volume de negócios com clientes que procuram esse nicho do portfólio da companhia é um reflexo da necessidade que as pessoas e as empresas sentem de elevar o nível de proteção contra a criminalidade enquanto os poderes públicos seguem ineficazes ao combatê-la.
“No primeiro semestre, tivemos um crescimento de até 35% nas vendas de dispositivos de alta segurança em comparação com o mesmo período de 2024. Já no acumulado do ano até setembro, esse aumento é de 44% a 45%. E se formos comparar o volume de negócios só nos três primeiros meses desta segunda metade de 2025, a elevação sobe para 50% em relação ao intervalo entre julho e setembro do ano passado. É uma busca bastante forte porque a insegurança do Brasil continua alta, sendo que essa sensação é latente com os casos de violência sendo noticiados pela mídia continuamente”, diz Barbosa.
A Came, cuja unidade brasileira dobrou de tamanho nos últimos quatro anos e acaba de começar a operar em uma nova sede em Indaiatuba (SP), visando maior capacidade produtiva e eficiência logística para atender ao mercado de segurança, disponibiliza atualmente uma extensa carteira de equipamentos em seu portfólio para satisfazer às necessidades do mercado brasileiro. Conta com catracas, cancelas, portas automáticas e com detectores de metais, automatizadores de portões em sua linha de controle de acesso; bollards, road blockers, dilaceradores de pneus, cancelas e portas capazes de absorver fortes impactos em sua gama de alta segurança, além do Came Key, do Came Connect e do Came QBE, acessórios remotos para operar dispositivos à distância.
Sobre a CAME do Brasil
Presente no Brasil desde 2010, com sede em Indaiatuba (SP), o Grupo CAME é uma empresa de origem italiana com mais de 50 anos no mercado e líder mundial em produtos para automação de acesso, com certificações ISO 9001 e ISO 14001. A empresa dedica-se à excelência em equipamentos e assistência técnica de alta qualidade, inovação e performance no segmento de controle de acesso e segurança, desenvolvendo projetos customizados para clientes de diferentes segmentos de mercado. Com filiais em mais de 20 países e mais de 480 distribuidores exclusivos no mundo, a CAME controla 7 empresas produtivas (CAME Cancelli Automatici, BPT Sistemas de automação residencial e industrial, Urbaco, Parkare, Ozak, Nepos e Motorline), além da CAME Service Itália, especializada em assistência aos clientes. Veja mais no site da Came do Brasil.
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RAFAEL GRANATO VALIN FRANCO
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