Pessoas com deficiência auditiva representam o grupo mais atendido pelos serviços dos Centros de Apoio Técnico (CATs). Entre o período de dezembro de 2018 a agosto de 2025, foram registrados 6.478 atendimentos a este público, o que representa quase a metade (48%) do total de atendimentos.
No dia 26 de setembro é celebrado o Dia Nacional do Surdo, data criada para dar visibilidade às lutas por mais bem-estar, dignidade, cidadania e a necessidade de ampliar políticas públicas de acessibilidade comunicacional, reforçando a importância da presença do Intérprete de Libras em espaços diversos. O recurso assegura o acolhimento humanizado e comunicação efetiva, sobretudo em situações de vulnerabilidade, como casos de violência contra pessoas com deficiência.
Os CATs são um projeto da Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SEDPcD), administrados pelo Instituto Jô Clemente (IJC), Organização da Sociedade Civil sem fins lucrativos que promove saúde, qualidade de vida e inclusão de pessoas com Deficiência Intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Doenças Raras. Atualmente, há cinco unidades em funcionamento no Estado: São Paulo (capital), Guarulhos, Campinas, Ribeirão Preto e Santos.
“O Intérprete de Libras é fundamental para o atendimento de pessoas com deficiência auditiva e uma necessidade para assegurar a participação da pessoa surda em todo o processo”, afirma João Victor Salge, Supervisor do Centro de Apoio Técnico de São Paulo do Instituto Jô Clemente (IJC).
Segundo dados do Observatório dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Governo do Estado de Paulo, cerca de 592 mil pessoas com deficiência auditiva estão concentradas na região. A demanda crescente reforça o papel dos CATs como referência nacional em atendimento especializado para pessoas com deficiência.
Além de Intérpretes de Libras, os CATs possuem equipes multidisciplinares formadas por psicólogos, assistentes sociais, advogados e outros profissionais preparados para garantir a acessibilidade e os encaminhamentos jurídicos, sociais e de saúde necessários.
“Os números mostram que não se trata de uma ação pontual, mas de uma política pública essencial. A presença de Intérpretes de Libras nos CATs e em visitas domiciliares transforma a experiência de atendimento e reafirma o compromisso com a inclusão”, finaliza Deisiana Paes, Coordenadora da área de Defesa e Garantia de Direitos do Instituto Jô Clemente (IJC).
A atuação conjunta da SEDPcD e do Instituto Jô Clemente (IJC) fortalece o modelo que alia políticas públicas, serviços especializados e acessibilidade na comunicação, garantindo que milhares de pessoas com deficiência auditiva tenham seus direitos efetivamente respeitados.
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SARAH ABRÃO CARDOSO
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