Restringir o consumo de álcool pode reduzir o risco de câncer

A Organização Mundial da Saúde – OMS classifica o álcool como um agente carcinogênico do Grupo 1

HEVERSON BAYER | BAYER, CAMPOS COMUNIAçãO
15/09/2025 18h01 - Atualizado há 2 horas

Restringir o consumo de álcool pode reduzir o risco de câncer
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Estilo de vida e alimentação têm influência direta na prevenção e também no surgimento de várias doenças, entre elas o câncer. Entre os fatores de risco já comprovados, o consumo de bebidas alcoólicas se destaca como um dos mais nocivos à saúde.

A Organização Mundial da Saúde – OMS classifica o álcool como um agente carcinogênico do Grupo 1, o que significa que há evidências suficientes para considerá-lo um causador de câncer em humanos. Há de saber que esta classificação se baseia em estudos que demonstram uma associação entre o consumo de álcool e o aumento do risco de diversos tipos de câncer. 

A razão principal está ligada à conversão do etanol (álcool puro) em acetaldeído, substância tóxica que interfere na replicação do DNA, o que leva a mutações celulares, aumentando, desta forma, o risco de um crescimento descontrolado de células cancerígenas.

“Vale lembrar, também, que o consumo de álcool provoca danos nos tecidos, tornando-os mais vulneráveis à absorção de outras substâncias cancerígenas”, aponta o médico rádio-oncologista Dr. Henrique Balloni, do Oncoville, clínica de radioterapia.

Pesquisas indicam uma relação dose-resposta entre o álcool e o câncer. Isso significa que quanto maior a quantidade ingerida regularmente, maior o risco de desenvolver a doença. Dados da Agência Internacional de Pesquisa em Câncer – IARC mostram, por exemplo, que quase metade (46%) da população mundial consome álcool, com taxas mais altas em homens (54%) do que em mulheres (38%).

Tipos de câncer ligados ao consumo de álcool

Alguns tipos de câncer estão ligados diretamente à quantidade de álcool consumida, como tumor de mama, cabeça e pescoço, gastrointestinal e tumores de fígado.

No caso de câncer de intestino (colorretal), aproximadamente ¾ dos casos são causados por fatores modificáveis, como obesidade, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e alimentação pobre em fibras e rica em embutidos e ultraprocessados, e 1/3 dos casos por causas não modificáveis como predisposição genética, como polipose adenomatosa familiar e síndrome de Lynch. 


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