Cuidados paliativos: abordagem multidisciplinar garante dignidade e qualidade de vida a pacientes com doenças graves

Oferecido em hospitais de transição de cuidados, o serviço alia controle de sintomas, apoio emocional e integração familiar para transformar a experiência de pacientes e familiares

ALESSANDRA SIEGEL
09/09/2025 14h29 - Atualizado há 6 horas

Cuidados paliativos: abordagem multidisciplinar garante dignidade e qualidade de vida a pacientes com doenças
Divulgação
Quando um familiar recebe o diagnóstico de uma doença grave, uma das principais preocupações é como garantir qualidade de vida e conforto ao paciente. É nesse momento que os cuidados paliativos desempenham um papel essencial, pois oferecem suporte integral que vai além do tratamento clínico.

Segundo o Dr. André Tavares, geriatra e diretor clínico da YUNA, hospital especializado em transição de cuidados, “cuidar de alguém em cuidados paliativos significa olhar para o doente, e não apenas para a doença. É atuar com rigor técnico no controle de sintomas, especialmente da dor, e ao mesmo tempo comunicar-se com clareza e empatia, ajudando paciente e familiares a construírem um plano de cuidados alinhado às suas necessidades e valores”, esclarece.


O que são cuidados paliativos?

Muitas vezes erroneamente associados apenas à fase final da vida, os cuidados paliativos vão muito além desse conceito. Eles consistem em uma abordagem multidisciplinar voltada para o alívio do sofrimento, o controle de sintomas físicos e psíquicos e o apoio emocional, social e espiritual.

Essa assistência pode ser indicada em qualquer idade e em diferentes condições, como doenças crônicas, degenerativas ou em estágios avançados. “Nem todos os pacientes em cuidados paliativos estão em fase terminal. Alguns podem ser acompanhados por muito tempo, recebendo suporte para aliviar desconfortos e preservar sua independência pelo maior tempo possível”, acrescenta o geriatra.

De acordo com o estudo Palliative Care, da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado em 2020, 56,8 milhões de pessoas em todo o mundo necessitam de cuidados paliativos por ano, sendo 25,7 milhões na fase final da vida. Apenas 14% desse total recebe efetivamente esse tipo de assistência.

Mais recente, um levantamento de 2025, publicado no The Lancet Global Health, revela que a necessidade global de cuidados paliativos cresceu 74 % nas últimas três décadas, atingindo 73,5 milhões de pessoas em 2021, a maioria concentrada em países de baixa e média renda.

A importância da equipe multidisciplinar

O cuidado integral só é possível porque envolve diferentes especialidades da saúde, que atuam de forma coordenada:
  • Enfermagem: promove conforto, acolhimento e escuta ativa; orienta familiares e atua como elo entre a equipe multiprofissional.
  • Fisioterapia: ajuda a manter autonomia e mobilidade pelo maior tempo possível, previne complicações
  • Terapia ocupacional: indica e utiliza recursos de tecnologia assistiva, como órteses e cadeiras de rodas.
  • Fonoaudiologia: auxilia na alimentação adaptada, respeitando a segurança e os desejos do paciente, além de apoiar na comunicação.
  • Psicologia: oferece escuta qualificada para paciente e família, favorecendo o acolhimento integral e reduzindo conflitos em momentos delicados.
  • Serviço Social: oferece suporte para os familiares para questões legais
  • Médico paliativista: foca em melhorar a qualidade de vida, oferecendo alívio da dor e outros sintomas, além de suporte físico, psicológico, social e espiritual.
Essa atuação integrada garante não apenas o controle de sintomas como dor, falta de ar, náuseas ou fadiga, mas também um ambiente de dignidade e respeito à autonomia do paciente.

O papel da família nesse contexto

A presença e o alinhamento familiar são fundamentais. “A falta de clareza sobre expectativas e prioridades pode gerar conflitos. Por isso, o suporte emocional e a informação transparente aos familiares são pilares dos cuidados paliativos, inclusive no apoio ao luto”, reforça o diretor clínico.

Além do cuidado físico, cuidados paliativos é sobre tratar o ser humano em sua totalidade. “Cuidar de alguém nessas condições significa reconhecer sua história, seus medos e seus desejos. É acolher e oferecer suporte em cada etapa dessa jornada, respeitando o que realmente importa para o paciente,” explica o Dr. André Tavares.

Cuidados paliativos na YUNA

Na YUNA, os cuidados paliativos são conduzidos por uma equipe multidisciplinar dedicada e um plano terapêutico. O atendimento vai além do controle de sintomas e inclui:
  • Abordagem personalizada: cada plano de cuidado é ajustado às necessidades individuais do paciente e de sua família.
  • Equipe multidisciplinar: médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais e outros profissionais oferecem suporte integral.
  • Ambiente acolhedor: valorização do conforto e o respeito à autonomia do paciente, proporcionando um espaço de cuidado humanizado.
  • Apoio à família: por impactar os familiares, é oferecido apoio para que todos se sintam seguros e acolhidos.
“Os cuidados paliativos não significam desistir da vida, mas sim reafirmar o compromisso com a qualidade de cada momento, transformando essa fase em uma experiência mais humana e respeitosa”, conclui o médico.

Sobre a YUNA

A YUNA, especializada em transição de cuidados, oferece suporte completo para pacientes de reabilitação, cuidados paliativos e continuados, atendimento individualizado e assistência multidisciplinar. Mais informações no telefone (11) 3087-3800 ou no site https://yuna.com.br/.
 

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ALESSANDRA LANCHOTI SIEGEL
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