A inteligência artificial deixou de ser uma promessa futura e já assume o protagonismo em áreas antes tidas como essencialmente humanas, como o RH. Se no início o uso de IA estava restrito a automatizar tarefas operacionais, agora ela ganha espaço em frentes mais estratégicas, como gestão de desempenho, planos de desenvolvimento individual (PDI) e evolução de carreira.
De acordo com levantamento da consultoria Gartner, até 2026, 80% das empresas terão adotado APIs de IA generativa ou desenvolvido seus próprios modelos, um salto expressivo em relação aos menos de 5% registrados em 2023. No Brasil, empresas como a Omie, empresa de tecnologia e gestão empresarial, estão à frente dessa tendência e adaptando a IA no RH. A companhia tem usado a tecnologia embarcada na ferramenta de gestão de performance para ajudar os colaboradores a estruturarem seus PDIs de maneira mais assertiva; e os resultados já começam a aparecer.
Planos de carreira mais claros e efetivos
Para Katiane Fiuza, analista de Sucesso do Contador na Omie, a IA foi um divisor de águas. “Ela me ajudou a pensar em estratégias práticas, organizar ideias e enxergar metas como protagonismo e comunicação estratégica com mais profundidade, isso fez toda a diferença para minha promoção”, diz. A tecnologia também indicou a prática da “Documentação de Sucessos e Aprendizados”, que a motivou a registrar entregas focadas em impactos. “Passei a olhar meu trabalho com outra lente: o que posso fazer além do básico?”, relata.
Bruno Viana, hoje coordenador de Sucesso das Franquias da empresa, teve experiência semelhante. Ao construir seu PDI com suporte da IA, definiu foco em aprendizado contínuo. “A IA me ajudou a organizar prioridades e clarear o caminho. Reservei tempo para estudos, li livros e comecei um MBA. Foi um processo que impulsionou minha transição de cargo”, explica.
Um novo papel para o RH
Casos como o da Omie mostram que o RH deixa de ser só um departamento de apoio e se torna um hub estratégico de talentos, apoiado pela tecnologia. A IA democratiza o acesso a ferramentas de coaching, estimula o autoconhecimento e amplia práticas antes dependentes do olhar humano. “A IA não substitui o fator humano, mas potencializa decisões, promovendo mais autonomia e experiências personalizadas sem perder eficiência”, avalia Luiz Massad, CHRO da Omie.
O executivo destaca que as empresas que conseguirem alinhar tecnologia e estratégia de gestão de pessoas estarão mais preparadas para atrair, engajar e reter talentos em um cenário de mudanças rápidas. Além disso, essas organizações contarão com colaboradores que aproveitam a tecnologia para se desenvolverem e crescerem junto com a empresa. “A inteligência artificial, cada vez mais, será um elemento fundamental nessa equação”, conclui.
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Vanessa Cezar Campos de Oliveira
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