IA multimodal vai redefinir processos e decisões empresariais, afirma NAVA

Ferramenta auxilia na análise clínica, no atendimento em tempo real e na gestão integrada de informações corporativas

ANNA MATTOS
08/09/2025 11h03 - Atualizado há 13 horas

IA multimodal vai redefinir processos e decisões empresariais, afirma NAVA
Divulgação

São Paulo, setembro de 2025 - O uso da inteligência artificial vem se intensificando de forma sem precedentes, especialmente entre os brasileiros. O uso da IA generativa no Brasil já supera os Estados Unidos, com 57% dos brasileiros considerados heavy users - ou seja, utilizando a tecnologia por cerca de 30 minutos diariamente, de acordo com a consultaria empresarial Bain & Company.

Agora, a IA multimodal é a tendência que vem despertando o interesse e a empolgação dos tomadores de decisão. A tecnologia é capaz de processar e compreender simultaneamente diferentes tipos de informação, como imagens, vídeos, áudios e textos. De acordo com a Gartner, 80% das aplicações corporativas serão multimodais até 2030. 

A versão multimodal de inteligências artificiais permite, por exemplo, que um sistema analise uma radiografia de maneira conjunta ao histórico clínico do paciente, para apoiar diagnósticos. Ou a interpretação da foto de um produto com defeito, enviada por um cliente, com a IA gerando instruções de reparo em tempo real. O resultado: menor tempo de resposta e maior precisão no atendimento. A inovação representa um salto em relação aos modelos de IA generativa, amplamente conhecidos por criarem conteúdos originais a partir de exemplos, mas tradicionalmente focados em uma única modalidade de dados.

Para Mauricio Cesar Luiz, Chief Operations Officer da NAVA, a IA Multimodal representa a convergência definitiva da percepção artificial. “Ela não apenas interpreta uma imagem ou uma frase, mas compreende o contexto completo, cruzando diferentes tipos de dados para oferecer respostas mais precisas e próximas da linguagem humana”, explica o executivo. Segundo ele, empresas que desejam adotar esse modelo precisam contar com estratégias claras e planos de execução bem estruturados. Maurício destaca cinco pontos que devem ser considerados para conduzir esse processo com sucesso.

  1. Defina casos de uso estratégicos e mensuráveis: evite projetos genéricos. Comece com aplicações onde a IA multimodal possa automatizar tarefas ou tomar decisões autônomas que tragam ganhos claros, por exemplo, atendimento ao cliente, gestão de processos internos ou análise de grandes volumes de dados não estruturados. Estabeleça métricas antes de iniciar, como tempo economizado, custo reduzido ou aumento de precisão.
  2. Integre aos sistemas corporativos e garanta interoperabilidade: para escalar além do piloto, a IA multimodal deve se conectar ao ecossistema de TI já existente, CRM, ERP, ferramentas de BI, plataformas de e-commerce, de forma segura e estável. Isso evita retrabalho, reduz gargalos e garante que o fluxo de dados seja contínuo entre os diferentes canais e formatos.
  3. Monitore continuamente e adote uma abordagem interativa: projetos multimodais exigem ciclos curtos de avaliação e ajuste. Monitore métricas como eficiência operacional, ROI, taxa de acerto versus baseline humano e conformidade regulatória. Implemente mecanismos para detectar “drift” do modelo e corrigir rapidamente, mantendo a performance ao longo do tempo.
  4. Estruture uma governança de IA robusta: Garanta políticas claras para uso responsável e seguro da tecnologia. Isso inclui gestão de riscos, compliance com regulações, acompanhamento de falsos positivos/negativos e atenção à satisfação do usuário final. Uma governança sólida reduz vulnerabilidades e aumenta a confiança dos stakeholders.
  5. Combine KPIs quantitativos e qualitativos para validar valor de negócio: Além de indicadores financeiros (como ROI), inclua métricas estratégicas: vantagem competitiva conquistada, inovação percebida pelo cliente, redução de atrito em processos e qualidade das decisões. A visão combinada evita que a IA se torne apenas uma solução tecnicamente impressionante, mas sem impacto real.

“A verdadeira revolução da IA multimodal está na sua capacidade de oferecer respostas mais humanas e contextuais, cruzando diferentes fontes de informação para gerar valor real e tangível”, afirma o executivo. Com estratégias bem definidas, integração cuidadosa e governança robusta, as organizações poderão explorar todo o potencial dessa tecnologia, acelerando a inovação e a eficiência dos seus negócios em um mercado cada vez mais competitivo”, afirma o COO.


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ANNA CARLA JURAZECKI DE MATTOS
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