Setembro marca o mês de conscientização sobre a alopecia areata (AA), doença autoimune que provoca queda de cabelo e pelos em diferentes áreas do corpo. No dia 2, a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio do Departamento de Atenção Especializada (DAE), realizou uma aula voltada a médicos, enfermeiros e profissionais de saúde mental para atualizar conhecimentos sobre a condição e os diagnósticos diferenciais.
A alopecia areata pode se apresentar de várias formas, incluindo placas isoladas, perda total do couro cabeludo ou do corpo inteiro, e redução difusa da densidade capilar. A evolução é imprevisível: alguns pacientes recuperam os fios espontaneamente, enquanto outros podem apresentar quedas recorrentes, o que gera impacto emocional significativo.
Estudos indicam que cerca de 2% da população mundial desenvolve a doença em algum momento da vida, sendo mais comum em crianças, adolescentes e adultos jovens. Entre os fatores que podem desencadear ou agravar a condição estão estresse, alterações hormonais, infecções, vacinas e hábitos alimentares. Aproximadamente 20% dos casos apresentam histórico familiar.
O diagnóstico é feito por dermatologistas após encaminhamento das unidades básicas de saúde. O acompanhamento pode incluir avaliação da extensão da perda capilar com a ferramenta SALT (Severity of Alopecia Tool) e suporte psicológico, quando necessário. A condição afeta homens e mulheres, embora a percepção social e o impacto estético possam variar entre os gêneros.
Os principais sinais incluem áreas lisas e arredondadas de queda de cabelo, fios em formato de ponto de exclamação, unhas com pequenas depressões e sensação de coceira ou queimação nas regiões afetadas. Pacientes com suspeita de alopecia areata devem procurar atendimento nas UBS da rede municipal, consultáveis na plataforma Busca Saúde.