O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, instituiu nesta terça-feira (2) o programa BioSP, que prevê a introdução gradual do biometano na frota de ônibus e caminhões da capital. O decreto foi assinado durante o 12º Fórum do Biogás, evento que reuniu autoridades, especialistas e representantes do setor energético.
A iniciativa estabelece diretrizes para a substituição de veículos movidos a diesel por alternativas menos poluentes, como biometano e eletricidade. Segundo a Prefeitura, o programa busca alinhar o transporte público da cidade às metas de redução de emissões previstas no Plano Municipal de Mudanças Climáticas (PlanClima SP).
O biometano é produzido a partir da purificação do biogás, obtido em processos de decomposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários, estações de tratamento de esgoto e subprodutos agrícolas. Com a nova política, São Paulo pretende ampliar a compra desse combustível do setor privado, além de utilizar a produção já existente em seus próprios aterros.
De acordo com a gestão municipal, a meta é substituir progressivamente os caminhões de coleta e parte da frota de ônibus até 2027. Atualmente, 125 veículos já utilizam combustível renovável, e o plano é ampliar esse número para mais de 600 unidades nos próximos anos.
Durante o evento, a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás) entregou ao prefeito o prêmio “Personalidade do Ano”, em reconhecimento às medidas voltadas à transição energética. Para a entidade, a decisão de São Paulo reforça o papel do biometano como alternativa estratégica na redução da dependência do diesel e na promoção de uma economia de baixo carbono.