Por Dr. Marcelo Müller – Médico-Veterinário, Mestre em Pesquisa Clínica e autor do livro “Meu Pet… Meu Mundo…”
Cães e gatos são parte da família. Quando algo inesperado acontece, o desespero toma conta — mas a rapidez de resposta pode ser decisiva entre a vida e a morte. Conhecer os primeiros socorros para pets é um ato de amor e responsabilidade.
Com base em minha experiência clínica e atendimentos domiciliares, reuni neste guia orientações práticas para que os tutores estejam preparados até a chegada do atendimento profissional.
Ter calma salva vidas.
Antes de agir, é essencial:
Mantenha a calma: respire fundo e fale em tom baixo.
Proteja-se: cães e gatos com dor podem morder ou arranhar. Improvise focinheira (cães) ou toalha (gatos).
Identifique o problema: sangramento, dificuldade para respirar, vômito, sinais de intoxicação.
Procure ajuda rápida: em casos graves, acione imediatamente o atendimento veterinário de confiança.
Nunca provoque vômito sem orientação.
Guarde o rótulo do produto ou amostra do que foi ingerido.
Mantenha o pet calmo e procure atendimento imediato.
Se tossir, aguarde: pode expelir sozinho.
Se não respirar e língua estiver azulada, tente retirar o objeto visível.
Cães grandes: pressão abdominal rápida (técnica semelhante à Heimlich).
Cães pequenos e gatos: segure de cabeça para baixo e dê tapinhas entre as escápulas.
Pressione com gaze ou pano limpo.
Evite mexer em fraturas expostas.
Transporte em superfície rígida para não agravar a lesão.
Lave com água corrente fria.
Não use pomadas caseiras.
Evite que o animal lamba ou arranhe o local.
Incline a cabeça para baixo para drenar a água.
Se não respirar, faça respiração boca-nariz a cada 3 segundos.
Leve ao veterinário mesmo se parecer recuperado.
Gaze esterilizada
Algodão e ataduras
Soro fisiológico 0,9%
Antisséptico (clorexidina ou povidine)
Tesoura sem ponta
Luvas descartáveis
Focinheira
Seringa sem agulha
Termômetro digital
Telefone do veterinário de confiança
Nos atendimentos que realizo no Rio de Janeiro, vejo diariamente como tutores calmos e preparados fazem diferença. Muitas vezes, uma toalha para aquecer, um tom de voz firme ou um improviso simples é o suficiente para manter o pet estável até a chegada do suporte veterinário.
Quem cuida com amor, previne com atenção.
Sangramento que não para em 5 minutos.
Dificuldade intensa para respirar.
Desmaios ou convulsões.
Suspeita de fraturas.
Ingestão de substâncias tóxicas.
Na dúvida, não espere. Cada minuto é valioso.
Cuidar de cães e gatos significa estar preparado para qualquer situação. O conhecimento em primeiros socorros veterinários aumenta as chances de sobrevivência e reduz o sofrimento até a chegada do atendimento profissional.
O projeto Marcelo Müller – Médico-Veterinário acredita que a educação dos tutores e o cuidado preventivo são ferramentas fundamentais para garantir o bem-estar dos animais e a tranquilidade das famílias.
Cuidar do seu pet é também cuidar da sua família.
1. O que fazer se meu pet for envenenado?
Nunca provoque vômito. Guarde o material suspeito e leve imediatamente ao veterinário.
2. Como agir em caso de engasgo?
Se tossir, observe. Se não respirar, tente retirar o objeto visível. Use técnicas adequadas de pressão abdominal (cães grandes) ou tapinhas entre as escápulas (cães pequenos/gatos).
3. O que ter no kit de emergência?
Itens simples como gaze, ataduras, soro fisiológico, antisséptico, tesoura sem ponta, luvas e o contato do veterinário já fazem diferença.
4. Quando devo correr ao atendimento veterinário?
Em casos de sangramento intenso, dificuldades respiratórias, convulsões, fraturas ou intoxicações.
Sobre o Autor
Dr. Marcelo Müller é Médico-Veterinário com mestrado em Pesquisa Clínica, especializado em clínica médica e cirúrgica de pequenos animais, bem-estar animal e atendimento veterinário domiciliar. Atua na promoção de saúde preventiva e integrativa, com foco no diagnóstico precoce, respeito à senciência animal e fortalecimento do vínculo entre pets e tutores. Autor do livro “Meu Pet… Meu Mundo…”.
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PRISCILA GONZALEZ NAVIA PIRES DA SILVA
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