O Dever Que Pulsa Mais Forte: A Jornada de Uma Fisioterapeuta no Coração do Rio
Quando o juramento fala mais alto
JORNALISTA THIAGO COTRIM
26/08/2025 17h45 - Atualizado há 9 horas
Nathália Rodrigues Fisio
O sol carioca banhava o asfalto, prometendo um dia de lazer e descontração para a fisioterapeuta Nathália Rodrigues, seu esposo Gabriel, e um grupo de amigos. Férias no Rio de Janeiro, a cidade maravilhosa, eram o cenário perfeito para recarregar as energias e desfrutar da companhia de pessoas queridas. No entanto, o destino tinha outros planos para Nathália, e o dever de cuidar do ser humano, uma vocação que ela carrega no mais profundo de sua alma, se manifestaria de uma forma inesperada e impactante.
Enquanto seus amigos participavam de uma prova de corrida, Nathália e Gabriel estavam ali para apoiar, absorver a atmosfera vibrante e, talvez, apenas desfrutar do momento. Mas o ritmo da competição foi quebrado por um grito de dor, um som que para a Dra. Nathália Rodrigues, especialista em traumatologia, ortopedia e esportiva, é um chamado inegável. Uma corredora havia caído. "Fui descer para filmar meus amigos passarem e vi uma moça caída", relata a pessoa que acompanha a situação. "Na hora, já corri e perguntei se ela estava sentindo dor no peito. Ela respondeu que era uma dor intensa e no quadril. Fui colocar uma bandagem para tentar estabilizar, porque ela disse que a dor descia para a coxa, e até então pensei que poderia ser algo muscular."
A cena era caótica: o asfalto quente, o fluxo de corredores, e uma jovem atleta prostrada, sofrendo. Para a maioria, seria apenas um incidente em meio a uma corrida. Para Nathália, era uma paciente em potencial, um ser humano precisando de ajuda. Sem hesitar, ela se ajoelhou, avaliou a situação com a prontidão de anos de estudo e prática, e iniciou os primeiros socorros. A dor da corredora era insuportável, um alerta que ecoava na mente da fisioterapeuta.
A decisão foi imediata: era preciso acionar o socorro. Enquanto alguns talvez hesitassem ou esperassem por alguém mais "oficial", Nathália assumiu a responsabilidade. "Fiquei ajudando até a hora do socorro que demorou 1 hora", completa o relato, sublinhando a urgência da situação e a demora angustiante pelo atendimento médico. Nathália, mesmo de férias, não se furtou ao seu compromisso com a vida, agindo com a agilidade e a determinação de um profissional em serviço. Ela sabia que cada minuto contava.
Quando a ambulância finalmente chegou, um novo desafio se apresentou. A jovem corredora estava sozinha, sem nenhum familiar ou amigo próximo para acompanhá-la. Mais uma vez, o senso de responsabilidade de Nathália falou mais alto. "Fui com ela na ambulância porque ela estava sozinha, veio de outra cidade e os únicos amigos aqui eram os que estavam correndo a prova também", conta a narrativa, revelando o gesto altruísta da fisioterapeuta. Em um ambiente desconhecido, longe de casa e sem o suporte de seus entes queridos, a presença de Nathália era um bálsamo de segurança e conforto. A jornada de Nathália e sua paciente continuou até o hospital. O diagnóstico foi alarmante: a corredora precisava de uma cirurgia de urgência. "Achei o atendimento excelente pelo SUS do Rio e ela já está realizando a cirurgia", celebra o relato, destacando a eficiência do sistema público de saúde neste caso. A prefeitura do Rio de Janeiro e o SUS se tornaram os pilares de esperança para a jovem atleta.
Para Nathália Rodrigues, essa experiência transcendeu a simples prestação de socorro. Foi uma lição profunda sobre a importância de nunca ignorar a dor. "Lição que fica: nunca em hipótese alguma ignore uma dor, a dor é um sinal de que algo está errado e na corrida acontece muito da galera confundir a dor com superação", ela lembra. Essa frase, carregada de sabedoria e empatia, ressoa como um alerta para atletas e para a vida em geral. A dor não é fraqueza, mas sim um mensageiro do corpo, exigindo atenção e cuidado. A Dra. Nathália Rodrigues, com seu perfil no Instagram (@nathalia.rodrigues_fisio), onde se apresenta como "Cuidando da dor com ciência e empatia" e especialista em "Tratamento funcional da coluna", viveu na pele o que prega em sua profissão. Seu compromisso com a vida não se limita ao consultório, aos atendimentos agendados ou aos feedbacks positivos de seus pacientes. Ele se manifesta em momentos inesperados, quando o simples ato de parar, observar e oferecer ajuda se torna uma prova de sua verdadeira vocação.
Esta não é apenas a história de um acidente em uma corrida; é a história de uma heroína anônima, uma profissional que encarna os mais nobres valores da saúde. Em um mundo onde a individualidade muitas vezes prevalece, a atitude de Nathália Rodrigues é um farol de humanidade, um lembrete de que o amor à profissão e o compromisso com o bem-estar do próximo podem transformar um dia de férias em um ato de puro altruísmo. Seu voluntariado, seu cuidado e sua dedicação merecem não apenas aplausos, mas uma profunda reflexão sobre o impacto que cada um de nós pode ter na vida do outro. A história da Dra. Nathália Rodrigues é um tributo àqueles que, mesmo fora do horário de expediente, permitem que o dever de cuidar pulse mais forte em seus corações.
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THIAGO BENAZ COTRIM
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FONTE: Programa Frente e Verso