A crescente adoção dos princípios ESG, que abrangem aspectos ambientais, sociais e de governança, no setor público reflete uma transformação urgente e inevitável. Instituições públicas passam a ser avaliadas não apenas por sua eficiência operacional, mas também pela sua integridade e pela capacidade de responder às demandas sociais e ambientais com responsabilidade. Vale lembrar que desde a promulgação da lei 13.303 no ano de 2016 (conhecida como a Lei das Estatais) empresas públicas enfrentam a obrigatoriedade de capacitar seus conselheiros sobre governança corporativa.
Sob essa perspectiva, a governança se destaca como o pilar estratégico que sustenta os demais componentes do ESG. Sem estruturas transparentes, processos éticos e mecanismos de controle interno, práticas ambientais ou sociais podem se revelar inconsistentes ou meramente simbólicas. No contexto público brasileiro, isso significa reforçar programas de integridade, códigos de conduta, prestação de contas e combate à corrupção como vetores essenciais para amadurecer a governança institucional.
Os líderes, como gestores, secretários, dirigentes e agentes públicos, têm papel central nesse processo. Ao adotar uma postura ativa e não delegar a implementação do ESG exclusivamente a estruturas paralelas, esses agentes podem consolidar uma cultura de transparência e ética. Isso requer envolvimento direto na criação de indicadores, como os relacionados à eficiência, sustentabilidade e impacto social, no monitoramento de metas e na prestação de contas à sociedade.
Exemplos internacionais demonstram que essa integração é possível e traz resultados significativos. Cidades como Copenhague avançam fortemente na neutralidade de carbono com políticas de energia, mobilidade sustentável e construção verde. A gestão canadense promove inclusão e diversidade nos cargos públicos. A Estônia, com seu governo digital, assegura acesso remoto a serviços públicos com transparência e agilidade, sempre sustentada por lideranças comprometidas e bem estruturadas.
No Brasil, avançar nessa agenda requer capacitação contínua de servidores e gestores públicos. É nesse ponto que o IBEGESP atua, com foco em modernização administrativa, formação e apoio técnico. A instituição orienta lideranças na aplicação prática da Lei 14.133/2021, da governança corporativa com a Lei 13.303/2016, no planejamento integrado de contratos públicos, na matriz de riscos e no fortalecimento da governança e integridade em licitações. Esses instrumentos elevam a eficiência institucional e consolidam uma cultura pública mais ética, transparente e resiliente.
Segundo o IBEGESP, a liderança pública informada é fundamental para transformar diretrizes em ações concretas e garantir que a nova lei de licitações seja executada com governança e responsabilidade. O IBEGESP reforça que, com gestores capacitados, protocolos claros e governança eficaz, é possível construir instituições mais éticas e eficientes, e que esse movimento se fortalece quando as lideranças exercem ativamente seu papel.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ANTONIO MARQUES DA SILVA
[email protected]