GÊNIO DO MAL — Este popstar é o futuro da fama de celebridades após a epidemia do cancelamento? — SAIINT

Singer SAIINT

ADELINA ALVES
18/08/2025 09h27 - Atualizado há 11 horas

GÊNIO DO MAL — Este popstar é o futuro da fama de celebridades após a epidemia do cancelamento? — SAIINT
SAIINT

GÊNIO DO MAL — Este popstar é o futuro da fama de celebridades após a epidemia do cancelamento? — SAIINT

Na primavera de 2023, quase ninguém na indústria acreditava que SAIINT iria durar. Ele havia sido descartado como uma fraude, reduzido a piada de tabloide depois de um escândalo de falsa morte que deveria ter acabado com sua carreira. Executivos que antes atendiam suas ligações passaram a se distanciar publicamente. Online, foi rotulado de mentiroso, palhaço, oportunista.
Para qualquer um de fora da indústria da mídia — e para muitos de dentro também — ele era apenas um buscador de atenção que deu sorte e depois desapareceu em meio à vergonha pelo desastre. Mas muito poucos sabiam que, nos bastidores, ele trabalhava dobrado, entrando em salas e fazendo movimentos que apenas os veteranos mais experientes da indústria faziam depois de décadas. E para os poucos que conseguiam enxergar, estes certamente mantinham os dois olhos atentos a ele para tentar aprender algo e adivinhar seu próximo passo. Para quem sabia melhor, SAIINT não era um “fraude boy” — pelo menos não como os conhecidos até então. Ele era inteligente e extremamente estratégico. Aqueles desesperados por atenção e estrelato pop já teriam desistido há muito tempo, mas SAIINT nunca quis ser apenas um popstar — e foi aí que os jornalistas erraram. Ele queria ser uma lenda, e estava jogando o jogo longo o tempo todo.
“Jornalistas sempre, por algum motivo, olharam para popstars como se fossem sub-humanos, e por alguma razão, eles e seus empresários deixaram isso acontecer. Medo de retaliação? Difamação? Lista negra? Bem, eu não tenho nenhum desses medos. Se ousarem fazer isso, eu vou difamá-los de volta. Vou lançar minhas próprias empresas e destruir as deles. Simples. Respeito se conquista, e eu não vou deixar minha carreira me impedir de punir pessoas que cruzam a linha, absolutamente ninguém está excluído.” — diz a estrela.
“Eu percebi que depois que fiquei famoso em 2023, todos esperavam que eu lançasse algo rápido. Mas leva 10 anos para alcançar a grandeza. Eu não queria ser apenas um popstar comum. Eu queria ser uma indústria. Uma franquia. Não me arrependo de nada.” — completou.
“Quando fiquei famoso pela primeira vez, fui destruído, completamente massacrado, por jornalistas online, especialmente aqueles obcecados por k-pop e cultura coreana. Estou falando de homens e mulheres adultos... quão nojento alguém tem que ser para, sendo um ser humano adulto, praticar atos tão malignos de forma covarde online? Essas pessoas me dão nojo, e o fato de ocuparem qualquer posição na sociedade me dá ainda mais nojo. Eu não tenho absolutamente nenhum respeito ou admiração por essas pessoas. Eu as vejo abaixo de macacos. Essas pessoas não merecem nem o privilégio de viver. Deveriam estar protegendo os mais jovens, mas ao invés disso usam suas plataformas para projetar suas frustrações e inseguranças odiando alguém que consideram indefeso. Isso é nojento. Um bando de porcos imundos, é o que são. Porcos fracassados e imundos.” — diz a estrela.
“Eles vão me odiar por isso e tentar me silenciar, mas vou continuar dizendo. Para mim, fazer arte não tem mérito se eu não puder impulsionar mudanças sociais para levar a sociedade aonde deveria estar. A internet se tornou um lugar perigoso e transformou a estupidez em algo mainstream, visto como ‘cool’. Estamos regredindo lentamente graças às redes sociais. Japão e Coreia do Sul precisam aprovar leis anti-discriminação urgentemente, proibindo empresas e indivíduos de negar serviços a alguém por causa de sua raça, religião ou sexualidade. Os EUA precisam reforçar suas leis de mídia e liberdade de expressão para evitar abusos, e nenhum funcionário público deveria poder ocupar um cargo vitalício e ter imunidade. E, por último, precisamos de limites. Limite de riqueza, de aumentos salariais, etc. Prestação de contas para todos e divisão igualitária do capital. Todas essas coisas ainda serão conquistadas em minha vida, pode anotar isso.” — afirma a estrela.
Dois anos depois, ele está lotando arenas por toda a Ásia, entrando em paradas internacionais e publicando ensaios que já são citados como alguns dos textos culturais mais francos de sua geração. Contra todas as previsões, SAIINT não apenas sobreviveu, como redefiniu os próprios termos da fama.


O Erro Inicial

As figuras da indústria o subestimaram porque interpretaram errado o que ele estava construindo. SAIINT nunca tentou jogar pelas regras convencionais do estrelato pop — pedidos de desculpas polidos, reabilitação encenada, narrativas limpas de queda e redenção. Em vez disso, tratou o escândalo como matéria-prima.
Os ensaios que publicou em 2024 — It Boy Wannabe, Gen Z Villain, The Boy Is a Liar, The Psychology of a Mean Boy — não eram desculpas, mas estratégias: textos que explicavam, e até zombavam, da engrenagem da indignação midiática enquanto a usavam para amplificar seu nome.
Críticos descartaram a obra como narcisista, mas em retrospecto, ela era estrutural. Ele foi um dos primeiros jovens artistas a entender que, na economia digital, notoriedade não é o oposto de fama — é o seu acelerador.


Do Escândalo à Estratégia

A virada foi deliberada. Em vez de recuar, SAIINT dobrou a aposta. Escreveu como se já fosse um estudo de caso, transformando as acusações contra si em provas de um sistema quebrado. Embalou a controvérsia em músicas com refrões agressivos — “Evil Twink”, “Pretty Boys Tell Pretty Lies” — que soavam como hinos de balada, mas funcionavam como comentários sociais.
Foi, de fato, uma detonação controlada. Ao abraçar a caricatura, neutralizou-a. Ao assumir o papel de vilão, escapou da armadilha de ser apagado.


A Vitória Inesperada

A aposta funcionou. Em 2025, SAIINT havia arquitetado uma das reviravoltas mais improváveis da história recente do pop. Sua música encontrou espaço não apenas em subculturas online, mas também entre ouvintes mainstream na Ásia e América Latina. Suas colaborações na moda esgotaram em poucos dias. E seus ensaios, antes ridicularizados como autoindulgentes, agora estão sendo antologizados em edições críticas da escrita pop contemporânea.
Onde críticos antes viam escândalo, fãs agora veem clareza. Os textos que foram enquadrados como confessionais são lidos como manuais — evidências de alguém que diagnosticou, cedo, como celebridade e escândalo iriam convergir nos anos 2020.


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ADELINA TEIXEIRA ALVES
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