Machado Meyer debate impactos da reforma tributária na cadeia de suprimentos
CRIS MOLINA
13/08/2025 16h52 - Atualizado há 4 horas
Divulgação - Fernanda Sá Freire - sócia tributarista do Machado Meyer
O Machado Meyer Advogados promoveu, em 12 de agosto, o evento “Reforma Tributária e seu Impacto no Supply Chain”, realizado em parceria com o Council of Supply Chain Management Professionals (CSCMP) e a NSTEC. O encontro reuniu líderes das áreas de finanças, tributação, operações e tecnologia para discutir como as mudanças no sistema tributário brasileiro devem afetar as cadeias de suprimentos no país. Participaram como palestrantes Fernanda Sá Freire, sócia da área Tributária do Machado Meyer; Antônio Wrobleski, vice-presidente de Marketing da CSCMP; Achiles Rodrigues, diretor sênior de vendas da NSTEC; Gustavo Holzhausen, head de produtos da NSTEC; Guilherme Sales, diretor executivo e líder de finanças da Peers Consulting & Technology; e Ricardo Ekermann, diretor executivo e líder de Supply Chain da Peers Consulting & Technology. Na abertura, Fernanda destacou que a reforma tributária já está em vigor desde a promulgação da Lei Complementar 214, em janeiro de 2025. “A reforma não é algo que vai acontecer em 2026. Ela já ocorreu. Agora é correr para implementar nos prazos corretos”, afirmou. Entre os pontos discutidos, foi ressaltada a exigência de emissão de novos documentos fiscais a partir de janeiro de 2026 para calibração das alíquotas do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). “Esse será um grande desafio para as áreas de tecnologia das empresas, que terão de adaptar sistemas e garantir a geração de informações no prazo”, disse a sócia do Machado Meyer. O debate também tratou do impacto da reforma na cadeia de suprimentos. Segundo Ricardo Eman, diretor executivo da GAPI, entre 70% e 90% dos custos da indústria estão no supply chain. Com o fim da influência de benefícios fiscais, decisões como a localização de centros de distribuição passarão a considerar eficiência logística, custo e nível de serviço. Outro tema foi o Split Payment, modelo em que o crédito fiscal do comprador depende do pagamento do tributo pelo fornecedor. “O fornecedor não pode ser apenas o mais barato, mas o que cumpre suas obrigações acessórias e paga o tributo. Caso contrário, a empresa perde o crédito e dinheiro”, destacou Fernanda. O período de transição da reforma vai até dezembro de 2032, com a redução gradual do ICMS e ISS a partir de 2029. Para Fernanda, é fundamental antecipar decisões estratégicas: “Não dá para esperar 2032. É preciso definir o destino e fazer as contas agora”, finalizou a sócia. Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
CRISTIANE LIMA MOLINA
[email protected]