Reforma tributária emperrada mantém indústria em compasso de espera

Maximu’s Embalagens Especiais alerta para impactos práticos da lei e o cenário econômico desafiador para o segundo semestre

VIVIANE BUCCI
13/08/2025 14h03 - Atualizado há 4 horas

Reforma tributária emperrada mantém indústria em compasso de espera
Divulgação

Agosto de 2025 - A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que reformula o sistema tributário brasileiro promete mudar de forma profunda a maneira como empresas e cidadãos lidam com impostos. O texto prevê, a partir de 2026, a unificação de tributos e a aplicação de uma alíquota única de teste: 0,9% para o IVA federal (dedutível de PIS e Cofins) e 0,1% para o IVA estadual (dedutível de ICMS e ISS).

O objetivo é simplificar a tributação, reduzir custos e estimular o crescimento econômico. Porém, enquanto outros países, como os Estados Unidos, avançam com medidas duras, a exemplo do recente tarifaço sobre produtos brasileiros, o Brasil segue à espera da reforma tributária. Essa demora, segundo o diretor da Maximu’s Embalagens Especiais, Márcio Grazino, causa indignação ao setor produtivo, que vê o tempo passar e a competitividade nacional enfraquecer.

A Maximu’s, indústria sediada em Ribeirão Pires (SP) e com filial em Varginha (MG), com a produção destinada para as embalagens para proteção, acolchoamento e movimentação para os setores automotivo, hospitalar e eletrônico, destaca que a medida é fundamental para renovar parques fabris, desonerar investimentos em maquinário, acabar com a guerra fiscal entre estados e dar previsibilidade às empresas. No entanto, o diretor critica o longo prazo de transição previsto: “Não tem como trabalhar de duas formas. É preciso estabelecer um marco e virar a chave. Esperar até 2033 é prolongar a insegurança”, diz. “Temos um cenário em que o mundo se movimenta rápido, e nós ficamos parados discutindo detalhes superficiais. Enquanto sofremos com tarifas internacionais e um ambiente interno instável, o Congresso não consegue aprovar uma reforma que poderia destravar investimentos e dar fôlego à indústria”, afirma Grazino.

O setor industrial aguarda ansiosamente a aprovação da reforma, sob o argumento de que a simplificação tributária trará mais competitividade e estimulará novos negócios. “O Brasil tem pressa. Precisa de mais investimentos, mais inovação, menos burocracia, mais competitividade e eficiência. É isso que gerará empregos e desenvolvimento. Mas nada disso será possível sem uma reforma tributária ampla, homogênea e moderna”, endossa.

O executivo também chama atenção para impactos pouco discutidos. “A reforma exige que empresas se tornem, na prática, fiscalizadoras de seus fornecedores. Se o fornecedor não pagar corretamente os impostos, o comprador perde o crédito tributário. Isso é crítico. E se esse fornecedor for único no mercado? Como lidar com essa trava? Ninguém debate isso com a profundidade necessária”, alerta.

Além disso, na opinião dele, as adaptações demandarão investimentos pesados em tecnologia, treinamento e processos, com prazos já estabelecidos e risco de multas em caso de descumprimento. Apesar de reconhecer o potencial da reforma para simplificar a tributação no longo prazo, Grazino diz que o momento é de apreensão. “Não é só o tarifaço que afeta. Temos juros altos, insegurança jurídica e política externa instável. É uma combinação que trava investimentos e atrasa decisões estratégicas, não só na indústria, mas também na construção civil e outros setores.”
 

Sobre a Maximu’s Embalagens Especiais - Presente no mercado desde 2003, a companhia é especializada no desenvolvimento de embalagens para proteção, acolchoamento e movimentação de variados produtos, com foco em diversos segmentos, como os setores automotivo, hospitalar e eletrônico. A sede da empresa fica localizada na cidade de Ribeirão Pires, na Grande São Paulo e possui filial no município de Varginha, Minas Gerais.
 

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