A Prefeitura de São Paulo iniciou, nesta segunda-feira (11), a utilização de 100 câmeras móveis do programa Smart Sampa, instaladas em motocicletas da Guarda Civil Metropolitana (GCM) e da Polícia Militar (PM). Os equipamentos, integrados à Central de Monitoramento, permitem a leitura automática de placas de veículos e o cruzamento de informações com bancos de dados de segurança, possibilitando a identificação imediata de irregularidades.
As câmeras utilizam tecnologia de Reconhecimento Óptico de Caracteres (OCR) para verificar se placas são falsas, clonadas ou pertencem a veículos furtados ou roubados. Em caso de alerta, a equipe que capturou a imagem recebe a notificação em tempo real, o que permite a abordagem imediata. Segundo a administração municipal, essa é a primeira vez que motocicletas de forças policiais recebem esse tipo de recurso no mundo.
O novo sistema faz parte de uma estratégia mais ampla de combate à criminalidade na capital, que inclui a solicitação, feita em junho pela Prefeitura ao Ministério dos Transportes, para o retorno do lacre metálico nas placas de motocicletas. A medida busca dificultar o uso de placas falsas, que podem ser adquiridas facilmente pela internet. Somente em junho, foram registradas 5.579 ocorrências envolvendo placas adulteradas em motos na cidade.
Casos recentes reforçam a importância da tecnologia, como o assassinato do ciclista Vítor Medrado, em fevereiro deste ano, cometido por criminosos em uma moto com placa falsa. De acordo com dados do Smart Sampa, quase 11 mil placas adulteradas foram flagradas circulando em São Paulo nos últimos dois meses, algumas registradas em diferentes regiões no mesmo dia e horário.
As motos equipadas com câmeras são modelos XRE 300 (GCM) e BMW GS 850 (PM) e enviam as informações coletadas à plataforma federal Córtex, que reúne dados sobre veículos e condutores procurados pela Justiça. O Smart Sampa, implantado em 2024, já conta com mais de 31 mil câmeras — públicas e privadas — e foi responsável por mais de 3 mil prisões em flagrante e pela localização de 79 pessoas desaparecidas.
Segundo a Prefeitura e o Governo do Estado, a parceria para a instalação dos equipamentos tem o objetivo de ampliar a eficiência do patrulhamento urbano, reforçando o enfrentamento de crimes e fortalecendo a segurança pública com base em dados e tecnologia.
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